Dispnéia é o termo usado pelos médicos para se
referirem à falta de ar ou encurtamento da respiração. A pessoa afetada
tem a sensação de não conseguir “pegar mais ar” ou não conseguir
respirar profundamente. Poderá também sentir dificuldade para colocar o
ar para fora dos pulmões. Estes dados são subjetivos e variáveis em intensidade, além de poderem ser influenciados por outros fatores.
A falta de ar pode ocorrer por causas diversas.
Contudo, ela é considerada normal quando a pessoa realiza um exercício
extenuante. Para que a dispnéia seja sentida, o indivíduo deverá possuir
um sistema neurológico em bom funcionamento, ou seja, os nervos enviam a
“mensagem” da falta de ar para a medula espinhal (que fica dentro do
canal espinhal, que é formado pelas vértebras da coluna vertebral) e
esta informação é levada até o cérebro, onde ela é percebida
(entendida).
A interpretação desta sensação pode variar de acordo com o estado psicológico da pessoa.
A dispnéia pode surgir de maneira aguda, crônica ou ser paroxística.
Muitas vezes, a falta de ar aguda na criança é
causada pelas infecções respiratórias – bronquiolite e laringite, por
exemplo. Nos adultos, as possibilidades são bem maiores. Dentre as
causas possíveis estão:
- asma | |
- exacerbação da bronquite crônica | |
- edema pulmonar (por causa do coração fraco) | |
- ferimentos internos no tórax | |
- derrame pleural (“água na pleura”) | |
- pneumotórax | |
- sangramento súbito volumoso e outros. |
Quando o encurtamento da respiração existe há mais tempo (crônico), ele pode ser devido à:
- doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar ou bronquite crônica) | |
- fibrose (“endurecimento”) dos pulmões | |
- embolia pulmonar (trombose nas artérias dos pulmões) | |
- insuficiência do coração | |
- asma | |
- anemia grave | |
- câncer de pulmão | |
- angina do coração | |
- por nervosismo | |
- por outras doenças. |
A insuficiência aguda do coração em bombear o sangue é o edema agudo de pulmão, que causa uma falta de ar paroxística à noite. Com intuito de classificar a dispnéia de uma
maneira mais objetiva, os médicos muitas vezes utilizam escalas que
categorizam a falta de ar conforme a sua intensidade.
Frente a um caso de dispnéia, o médico iniciará
a investigação com perguntas ao seu paciente e, após, realizará o exame
físico. Depois, definirá se será necessário algum exame complementar
que poderá, na maioria das vezes, comprovar de maneira objetiva o
problema do indivíduo afetado.
O tratamento do indivíduo acometido pela falta
de ar será decidido de acordo com a causa subjacente. Por exemplo, se o
motivo da falta de ar for uma pneumonia bacteriana, o tratamento deverá
ser feito com antibióticos. Além disso, poderá ser usado ou não oxigênio
suplementar para o paciente, medicações para combater a dor e a febre e
fisioterapia respiratória.
A prevenção vai também depender da causa. Evitar exercícios extenuantes pode prevenir o encurtamento da respiração. Casos de falta de ar por insuficiência
cardíaca, asma, distúrbio do pânico, embolia pulmonar e outros poderão
ser prevenidos desde que o indivíduo tenha um acompanhamento médico e
faça uso das medicações recomendadas regularmente.
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