domingo, 17 de março de 2013

Falta de ar


         Dispnéia é o termo usado pelos médicos para se referirem à falta de ar ou encurtamento da respiração. A pessoa afetada tem a sensação de não conseguir “pegar mais ar” ou não conseguir respirar profundamente. Poderá também sentir dificuldade para colocar o ar para fora dos pulmões. Estes dados são subjetivos e variáveis em intensidade, além de poderem ser influenciados por outros fatores.
         A falta de ar pode ocorrer por causas diversas. Contudo, ela é considerada normal quando a pessoa realiza um exercício extenuante. Para que a dispnéia seja sentida, o indivíduo deverá possuir um sistema neurológico em bom funcionamento, ou seja, os nervos enviam a “mensagem” da falta de ar para a medula espinhal (que fica dentro do canal espinhal, que é formado pelas vértebras da coluna vertebral) e esta informação é levada até o cérebro, onde ela é percebida (entendida).
A interpretação desta sensação pode variar de acordo com o estado psicológico da pessoa.
          A dispnéia pode surgir de maneira aguda, crônica ou ser paroxística.
          Muitas vezes, a falta de ar aguda na criança é causada pelas infecções respiratórias – bronquiolite e laringite, por exemplo. Nos adultos, as possibilidades são bem maiores. Dentre as causas possíveis estão:
 

- asma

- exacerbação da bronquite crônica

- edema pulmonar (por causa do coração fraco)

- ferimentos internos no tórax

- derrame pleural (“água na pleura”)

- pneumotórax

- sangramento súbito volumoso e outros.
Quando o encurtamento da respiração existe há mais tempo (crônico), ele pode ser devido à:
 

- doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar ou bronquite crônica)

- fibrose (“endurecimento”) dos pulmões

- embolia pulmonar (trombose nas artérias dos pulmões)

- insuficiência do coração

- asma

- anemia grave

- câncer de pulmão

- angina do coração

- por nervosismo

- por outras doenças.
       A insuficiência aguda do coração em bombear o sangue é o edema agudo de pulmão, que causa uma falta de ar paroxística à noite. Com intuito de classificar a dispnéia de uma maneira mais objetiva, os médicos muitas vezes utilizam escalas que categorizam a falta de ar conforme a sua intensidade.
        Frente a um caso de dispnéia, o médico iniciará a investigação com perguntas ao seu paciente e, após, realizará o exame físico. Depois, definirá se será necessário algum exame complementar que poderá, na maioria das vezes, comprovar de maneira objetiva o problema do indivíduo afetado.
       O tratamento do indivíduo acometido pela falta de ar será decidido de acordo com a causa subjacente. Por exemplo, se o motivo da falta de ar for uma pneumonia bacteriana, o tratamento deverá ser feito com antibióticos. Além disso, poderá ser usado ou não oxigênio suplementar para o paciente, medicações para combater a dor e a febre e fisioterapia respiratória.
         A prevenção vai também depender da causa. Evitar exercícios extenuantes pode prevenir o encurtamento da respiração. Casos de falta de ar por insuficiência cardíaca, asma, distúrbio do pânico, embolia pulmonar e outros poderão ser prevenidos desde que o indivíduo tenha um acompanhamento médico e faça uso das medicações recomendadas regularmente.

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