domingo, 29 de setembro de 2013

Dia Mundial do Coração - 29 de Setembro

               No Brasil, as doenças cardiovasculares causam 31,3% das mortes entre as doenças não transmissíveis. As doenças cardiovasculares afetam indivíduos de todos os níveis socioeconômicos e, mais especificamente, aqueles que pertencem a grupos vulneráveis, como os idosos e as pessoas com baixo nível educacional e econômico. Cerca de 300 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular encefálico, insuficiências cardíaca e renal ou morte súbita.
              O Brasil foi um dos 194 países que fizeram um compromisso para reduzir as mortes prematuras por DCV em 25% até 2025. Muitas dessas doenças têm início do desenvolvimento na infância e adolescência, levando ao estágio avançado da doença ou à morte prematura na vida adulta. Crianças, em grande parte, dependem dos adultos para orientação sobre comportamentos saudáveis. Por isso, é preciso garantir que elas adotem bons hábitos de vida, como propõe o tema da campanha do Dia Mundial do Coração: Ajude as crianças a seguir o caminho para um coração saudável.
              De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças de 5 a 17 anos idade devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física moderada (por exemplo, dança, caminhada, passear com o cachorro, ajudar os pais a lavarem o carro...) a vigorosa (como correr, pedalar, nadar, brincar, praticar esportes competitivos) todos os dias. Se a prática de atividades ultrapassa 1 hora, os exercícios proporcionam ainda mais benefícios à saúde da criança. Outras dicas são limitar o tempo das crianças na frente da televisão ou jogando videogame para não mais de duas horas por dia e incentivar uma dieta saudável para o coração.
              Mato Grosso está em quinto lugar no ranking brasileiro de mortes por infarto com 5,83 óbitos a cada 100 mil habitantes.
              A cada visita ao cardiologista deve-se fazer exames periódicos, com o objetivo de avaliar os riscos de doenças cardiovasculares  e evitar eventos como infarto a longo prazo.
              Para cada exame solicitado existe um objetivo. Exemplo o teste ergométrico além de ser um exame de custo baixo, avalia o risco de infarto, arritmia e pressão arterial ao esforço. Doppler de carótidas avalia o espessamento intimal e a presença de placas ateroscleróticas nas artérias carotídeas do pescoço. Angiotomografia de Coronárias avalia o Escore de Calcio (considerado por alguns estudos como melhor indicador do fator de risco de doença arteriosclerótica), e  as obstruções coronarianas. Indice tornozelo-braquial avalia por escore se existe doença arteriosclerótica. Cintilografia perfusional do Miocardio avalia a perfusão do Coração e consequentemente grau de isquemia e risco de infarto ou morte. Exemplo da Ressonancia Magnética Cardíaca que permite avaliar a perfusão, morfologia, mal formação e fibrose miocárdica. O Ecocardiograma Transtorácico analisa a morfologia do coração avaliando a motilidade do músculo cardíaco e valvulopatias e mal formações.
             Cada caso é um caso e os exames devem ser solicitados de acordo com os fatores de risco do paciente, como Diabetes, tabagismo, Idoso, Doença vascular periférica, hipertenso estágio 3 (fatores  que aumentam o risco cardiovascular). Para analisar a isquemia miocardica, por exemplo, cada exame apresenta sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico correto e isto depende de cada caso e de cada paciente, maior ou menor risco (pelos critérios já citados e pelo escore de Framingham).
            Fazer consultas com seu cardiologista periodicamente e realizar exames com indicação correta para cada caso, ajudam a diagnosticar e prevenir o risco de infarto e morte.
            Alguns dos exemplos para prevençao são o uso de estatinas em pacientes dislipidemicos, o controle do sal na dieta, dos níveis de gorduras (principalmente industrializadas), atividades físicas regulares pelo menos 30 minutos por dia.
             Educação e prevenção para evitar eventos futuros esta é a chave para uma política de saúde adequada. Devemos cuidar de nossa saúde quando estamos jovens para termos um futuro saudável e com qualidade.
            Pense nisso!!

sábado, 14 de setembro de 2013

Sal e Coração, Tudo o que vc precisa saber!

                Reduzir o consumo de sal protege o coração, afasta a obesidade, garante uma vida mais longa.  O exagero tem trazido problemas que vão desde o aumento da pressão arterial até a asma. 
                 A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15% e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.
               O consumo excessivo de sal aumenta os riscos de hipertensão e doenças cardiovasculares. O grande vilão não é o sal acrescentado no preparo dos alimentos e sim, aquele presente nos alimentos processados e industrializados.

               A cada ano, aumenta o número de óbitos no Brasil por doença arterial coronária (DAC). Nos últimos levantamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram registrados aproximadamente 300 mil mortes por ano, isto é, a cada dois minutos ocorre um óbito em função desta doença. Estudos da OMS revelam, ainda, que a DAC cresce anualmente devido ao inadequado controle dos principais fatores de risco cardiovasculares como a hipertensão, diabete e o aumento do colesterol.
                Como forma de prevenção, é importante evitar os alimentos enlatados, embutidos (salame, salsicha), envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral), queijos e pães. Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão dele faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sanguínea e causar a hipertensão, responsável por infarto e acidente vascular cerebral, além de afetar os rins.
                Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação, e retirar os saleiros da mesa. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas. No tratamento não medicamentoso, as medidas comprovadamente eficazes no controle à hipertensão são: atividade física, dieta com pouco sal, dietas ricas em potássio, eliminação de álcool e tabaco e perda de peso.

                Cerca de 2/5 do total das doenças, a nível mundial, podem ser atribuídas a fatores alimentares, sendo 1/5 devido a carências nutricionais (essencialmente proteicas e minerais) e 1/5 atribuído a fatores de risco que têm por detrás determinantes nutricionais, como a hipertensão arterial, colesterol, excesso de peso e o baixo consumo de frutas e vegetais. O peso das doenças crônicas têm crescido rapidamente em todo o mundo e cerca de metade da mortalidade atribuída às doenças crônicas têm como causa as doenças cardiovasculares. Supõe-se que em 2020, as doenças crônicas serão responsáveis por cerca de 3/4 da mortalidade mundial, com um peso cada vez maior nos países em desenvolvimento.
                 A influência dos fatores alimentares, como o sal, no aumento da tensão arterial, tem sido difícil de elucidar, dada a pouca precisão com a que exposição a este factor de risco é medida, existindo ainda o problema de exposição a mais do que um fator de risco, como as gorduras. Apesar destas dificuldades, nas últimas décadas, têm surgido, evidências científicas (de estudos observacionais e experimentais) que sugerem que o elevado teor de sal na dieta é um importante fator de risco, no aumento da tensão arterial, comprovando a relação entre a ingestão de sódio e valores elevados de pressão arterial.

             Os inúmero males que o produto pode causar à saúde levou a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a incluir o sal entre as substâncias que precisam ser reduzidas na alimentação. A má notícia é que, infelizmente, nós, brasileiros, gostamos muito de exceder no tempero. 
              Pitadas e mais pitadas de sal são capazes de disparar crises de asma e obesidade, segundo um estudo publicado no periódico inglês International Journal of Clinical Practice.
          Outro trabalho que foi publicado na revista científica inglesa British Medical Journal. Assinado por americanos da Universidade Harvard, assegura que a redução do tempero é capaz de proteger o coração mesmo dos que não são hipertensos. Para chegar a essa conclusão eles acompanharam 2,4 mil indivíduos durante 15 anos. 


Como diminuir o sal
             Diminuir o consumo de sal pode ser meio difícil no começo. O melhor é uma redução gradual para adaptação. Nas primeiras garfadas menos salgadas, talvez ache um pouco sem graça, porque as papilas gustativas precisam de um tempo para se ajustar à menor quantidade de sódio. É preciso ter paciência, porque essa adaptação pode levar até três meses.

         É bom estar alerta também em relação aos doces, pois quem tem hipertensão deve evitar produtos adoçados com ciclamato de sódio. Assim como o sal, esse adoçante tem sódio, que afeta a pressão.
              Há duas maneiras de diminuir o consumo de sal:
- A utilização do sal hipossódico, cujo teor de sódio é 50% inferior ao do sal normal. Ele dá aos alimentos o mesmo gosto do sal de cozinha e contém potássio, o que traz benefícios adicionais. Entretanto, ele deve ser usado sob orientação médica, pois para algumas pessoas, este tipo de sal pode estar contraindicado.
- Mudar no modo de preparo dos alimentos. Em vez de cozinhar a comida com o sal, deixe para colocá-lo apenas na hora de servir o prato. Este procedimento faz com que o alimento absorva menos sal, além de tornar mais fácil o controle da quantidade de sal realmente ingerida.

 Substitua o sal
             No lugar do sal bote ervas e hortaliças. Elas ajudam seu paladar a enfrentar a fase de adaptação à comida menos salgada. O consumo de sal em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial. Embora isto não seja verdade para todas as pessoas, é verdadeiro para grande parte delas. A restrição de sal na dieta alimentar tem demonstrado benefícios, tanto para hipertensos, reduzindo os seus níveis tensionais, como para normotensos, reduzindo suas chances de se tornarem hipertensos.