No Brasil, as doenças cardiovasculares causam 31,3% das mortes entre
as doenças não transmissíveis. As doenças cardiovasculares afetam
indivíduos de todos os níveis socioeconômicos e, mais especificamente,
aqueles que pertencem a grupos vulneráveis, como os idosos e as pessoas
com baixo nível educacional e econômico. Cerca de 300 mil pessoas morrem
anualmente devido a doenças cardiovasculares, como infarto, acidente
vascular encefálico, insuficiências cardíaca e renal ou morte súbita.
O Brasil foi um dos 194 países que fizeram um compromisso para
reduzir as mortes prematuras por DCV em 25% até 2025. Muitas dessas
doenças têm início do desenvolvimento na infância e adolescência,
levando ao estágio avançado da doença ou à morte prematura na vida
adulta. Crianças, em grande parte, dependem dos adultos para orientação
sobre comportamentos saudáveis. Por isso, é preciso garantir que elas
adotem bons hábitos de vida, como propõe o tema da campanha do Dia
Mundial do Coração: Ajude as crianças a seguir o caminho para um coração
saudável.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças de 5 a
17 anos idade devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física
moderada (por exemplo, dança, caminhada, passear com o cachorro, ajudar
os pais a lavarem o carro...) a vigorosa (como correr, pedalar, nadar,
brincar, praticar esportes competitivos) todos os dias. Se a prática de
atividades ultrapassa 1 hora, os exercícios proporcionam ainda mais
benefícios à saúde da criança. Outras dicas são limitar o tempo das
crianças na frente da televisão ou jogando videogame para não mais de
duas horas por dia e incentivar uma dieta saudável para o coração.
Mato Grosso está em quinto lugar no ranking brasileiro de mortes por
infarto com 5,83 óbitos a cada 100 mil habitantes.
A cada visita ao cardiologista deve-se fazer exames periódicos, com o objetivo de avaliar os riscos de doenças cardiovasculares e evitar eventos como infarto a longo prazo.
Para cada exame solicitado existe um objetivo. Exemplo o teste ergométrico além de ser um exame de custo baixo, avalia o risco de infarto, arritmia e pressão arterial ao esforço. Doppler de carótidas avalia o espessamento intimal e a presença de placas ateroscleróticas nas artérias carotídeas do pescoço. Angiotomografia de Coronárias avalia o Escore de Calcio (considerado por alguns estudos como melhor indicador do fator de risco de doença arteriosclerótica), e as obstruções coronarianas. Indice tornozelo-braquial avalia por escore se existe doença arteriosclerótica. Cintilografia perfusional do Miocardio avalia a perfusão do Coração e consequentemente grau de isquemia e risco de infarto ou morte. Exemplo da Ressonancia Magnética Cardíaca que permite avaliar a perfusão, morfologia, mal formação e fibrose miocárdica. O Ecocardiograma Transtorácico analisa a morfologia do coração avaliando a motilidade do músculo cardíaco e valvulopatias e mal formações.
Cada caso é um caso e os exames devem ser solicitados de acordo com os fatores de risco do paciente, como Diabetes, tabagismo, Idoso, Doença vascular periférica, hipertenso estágio 3 (fatores que aumentam o risco cardiovascular). Para analisar a isquemia miocardica, por exemplo, cada exame apresenta sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico correto e isto depende de cada caso e de cada paciente, maior ou menor risco (pelos critérios já citados e pelo escore de Framingham).
Fazer consultas com seu cardiologista periodicamente e realizar exames com indicação correta para cada caso, ajudam a diagnosticar e prevenir o risco de infarto e morte.
Alguns dos exemplos para prevençao são o uso de estatinas em pacientes dislipidemicos, o controle do sal na dieta, dos níveis de gorduras (principalmente industrializadas), atividades físicas regulares pelo menos 30 minutos por dia.
Educação e prevenção para evitar eventos futuros esta é a chave para uma política de saúde adequada. Devemos cuidar de nossa saúde quando estamos jovens para termos um futuro saudável e com qualidade.
Pense nisso!!
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