Infelizmente não podemos prever com exatidão quem vai e quem não vai ter um ataque cardíaco, muito menos quando. Mas podemos falar de chances.
Didaticamente classifica-se o risco cardiovascular em baixo (chance de ter um problema sério <10% no próximos 10 anos), médio (10-20% em 10 anos) e alto (>20% em 10 anos).
A grande maioria dos adultos com diabetes mellitus e aqueles que têm ou já tiveram manifestações de obstruções dos vasos sanguíneos (como angina de peito, infarto do miocárdio, obstrução das artérias carótidas, derrame cerebral do tipo isquêmico) são considerados indivíduos de alto risco.
Se este não for o seu caso, utiliza-se um dos vários escores de risco, desenvolvidos a partir de grandes estudos e que levam em consideração uma série de fatores relacionados com o risco de desenvolver problemas cardíacos, os chamados fatores de risco, como idade, sexo, pressão arterial, nível de colesterol no sangue, hábito de fumar, escore de cálcio, indice tornozelo braquial, espessamento intimal das carótidas e predisposição familiar. Muitos destes escores disponibilizam ferramentas online para o cálculo do risco (ver abaixo).
Se este não for o seu caso, utiliza-se um dos vários escores de risco, desenvolvidos a partir de grandes estudos e que levam em consideração uma série de fatores relacionados com o risco de desenvolver problemas cardíacos, os chamados fatores de risco, como idade, sexo, pressão arterial, nível de colesterol no sangue, hábito de fumar, escore de cálcio, indice tornozelo braquial, espessamento intimal das carótidas e predisposição familiar. Muitos destes escores disponibilizam ferramentas online para o cálculo do risco (ver abaixo).
A avaliação de risco cardiovascular ajuda o médico a definir a estratégia de prevenção e tratamento. Por exemplo, preconiza-se abaixar mais o nível de colesterol no sangue quando o risco é alto. Isto porque diversos estudos mostram que esta estratégia diminui o risco de um problema sério, como ataque cardíaco ou morte.
Além disso, a determinação do risco cardiovascular pode ajudar o paciente a se conscientizar e aderir a medidas de prevenção, como modificações de estilo de vida e eventualmente uso de medicamentos.
Mas algumas observações importantes merecem ser destacadas:
- Estes escores são derivados de populações de outros países e não foram devidamente validados na nossa população.
- Se você calcular um risco alto, não entre em pânico: certamente você pode diminuir este risco com modificações de estilo de vida e/ou medicamentos.
- Se você calcular um risco baixo ou médio, isto não quer dizer que você está livre de um ataque cardíaco. Risco baixo não é igual a risco zero, muito menos o risco médio.
- Estes escores estão muito, mas muito longe da perfeição. A maioria dos infartos do miocárdio ocorre em pessoas que tinham risco médio, e não alto.
- Em algumas situações o escore pode subestimar o risco, ou seja, pode erroneamente dizer que o risco é médio ou baixo quando na verdade é alto. Isto ocorre particularmente nas mulheres.
- Estes escores geralmente calculam o risco em 10 anos. Um risco baixo ou médio em 10 anos em um indivíduo jovem ou de meia-idade pode não dizer muita coisa. Em outras palavras, indivíduos relativamente jovens com fatores de risco podem ter o risco em 10 anos baixo ou médio, mas o risco a longo prazo (mais que 10 anos) pode ser alto. Estes indivíduos não devem relaxar no controle dos fatores de risco.
Veja abaixo alguns dos escores de risco: SITES EM INGLÊS
- Framingham
- SCORE
- PROCAM
- Reynolds (necessário ter o valor de proteína C-reativa)
- ASSIGN
- QIntervention
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