sábado, 21 de dezembro de 2013

2014...Com saúde!

         Passa ano entra ano e.... Fazemos promessas e mais promessas! Vivemos intensamente na maioria das vezes com o único objetivo de sobreviver apenas...
         Será que somos felizes...Fazemos o que realmente amamos, amamos quem realmente nos merece? Lutamos, alguns não, e queremos sobreviver intensamente e tentamos com a ajuda da medicina prolongar nossas vidas. 
         Será que somos vários projetos designados para compor o corpo humano com data de validade precisos! Fomos projetados por alguém? Cada um tem a vida que sonhou?
         Várias perguntas sem respostas e mais um ano em nossas vidas. Ficamos mais velhos e precisamos de saúde para o nosso dia a dia. Listo abaixo algumas recomendações que acho importante para uma vida mais saudável e que venha 2014... com saúde e felicidade!
         Use filtro solar. 
         Coma frutas e verduras. 
         Pratique pelo menos uma hora de exercícios físicos por dia. Passe longe do torresminho de bar. Aproveite também para largar o cigarro. Beba dois litros de água filtrada por dia. E durma 8 horas por noite.
         Leia mais e sempre. Endireite as costas. Aprenda a meditar. Vá ao dentista regularmente. 
         Se beber, não dirija. 
         Faça um check-up por ano. 
         Trabalhe menos, divirta-se mais (Essa é difícil!).
         Encha o prato com verduras, grãos e brotos. Esvazie-o de doces e gorduras
         Ouça música
         Prepare-se para envelhecer
         Tenha fé
         Ande mais a pé
         Tenha (pelo menos) um amigo
         Coma devagar
         Desligue a TV
         Seguindo à risca essa lista de cuidados, é bem possível que você tenha uma vida mais saudável. E nem precisamos encher estas páginas com estudos que comprovem tudo o que está dito aí em cima – até porque, convenhamos, você já está cansado de saber. É bem possível, inclusive, que muita coisa daí esteja entre suas promessas para o início do ano.
         Fora tudo isso que está aí em cima, lógico. O que não der para cumprir, guarde para janeiro de 2015. Ou de 2016, de 2017...
         Desejo a todos, um ótimo Natal e um excelente 2014. Com muita saúde e felidade!


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Saúde, vida e felicidade!

           Para algumas pessoas, vida saudável é simplesmente evitar doenças. Na verdade o conceito é muito mais amplo, vai muito além. Hoje já sabemos que vários fatores influenciam a saúde, como: o relacionamento no meio familiar e no trabalho, o local em que se vive, o estado emocional e até mesmo o estado espiritual da pessoal.
           Se tudo isso não estiver harmônico, o indivíduo fica doente com mais facilidade. Portanto, para uma vida saudável é necessário encontrar um ponto de equilíbrio e, esse ponto é obtido com os valores do bem-estar físico, mental, social e espiritual.
           Para que a pessoa possa ter um bem-estar físico, é necessário aprender como prevenir doenças, quais os hábitos saudáveis que devem ser praticados, ter um sono adequado e disposição para exercícios físicos. É importante aprender a preparar o básico de pratos nutritivos com alimentos saudáveis e os hábitos e horários corretos da boa alimentação e não menos importante, a boa mastigação e a etiqueta.
            O bem-estar mental pode ser obtido pelo equilíbrio emocional e o bom convívio familiar. O estresse, a depressão, o nervosismo e principalmente a ira, bloqueiam o sistema imunológico, diminuindo a defesa contra doenças. O laser é parte fundamental no processo do bem-estar mental. O bem-estar social é alcançado com moradia adequada, acesso a tratamento de saúde, senso de segurança pessoal, condições de trabalho e renda satisfatórios.
             Algumas pessoas obtêm o bem-estar espiritual através da oração e prática de uma religião. Outras pessoas alcançam a espiritualidade quando estão em contato mais próximo com a natureza ou praticando a meditação. Cada pessoa tem uma maneira própria de exercer sua espiritualidade. O importante é ter paz interior, para que dessa forma, as decisões para um direcionamento da vida serem tomadas de forma mais clara e sensata. Nessa oportunidade do bem-estar espiritual, a pessoa passa a ter um raciocínio para proporcionar o bem-estar coletivo, começando por abranger as pessoas mais próximas de seu relacionamento. Muitas pessoas não sabem, mas a plenitude da vida saudável só é alcançada através de decisões pessoais, ou seja, é necessário querer, buscar e se empenhar para conseguir a boa saúde. Alcançar a vida saudável pode ser uma tarefa simples desde que se tenha o desejo, se faça um planejamento, direcionando as prioridades e mudança de hábitos.
             A mudança para uma vida saudável não é urgente, mas é prioritário. A prática da vida saudável irá pavimentar o crescimento e aperfeiçoamento individual em busca da felicidade. Ela pode ser praticada por todos, em qualquer fase da vida, inclusive por pessoas que já tiveram algum tipo de doença anterior.
             A vida saudável, portanto, vai muito além de se ter uma alimentação adequada, boa disposição e o controle do estresse. As relações afetivas estáveis têm grande influencia na saúde, assim como a realização profissional e a segurança.
             O estudo, publicado na revista científica "Applied Psychology: Health and Well-Being; "E a conclusão geral é que o seu bem-estar subjetivo - ou seja, estar feliz com a vida, não estressado e não deprimido - contribui para a longevidade e melhor saúde em populações saudáveis", explicou.
              Pesquisas já haviam demonstrado que existe um certo contágio emocional entre as pessoas. Pessoas que mantém contato com um indivíduo deprimido têm maior tendência a ficarem deprimidas. Emoções positivas também se disseminam entre as pessoas próximas. Emoções positivas, o sorriso, o estado de felicidade, todos podem ser vistos do ponto de vista evolutivo como um mecanismo que facilita as relações sociais ao promover sentimentos prazerosos nos outros, recompensar os esforços dos outros e encorajar a continuidade da relação social. E o sucesso da espécie humana depende de sua capacidade de fazer relações sociais.

              E qual o segredo para felicidade:
"Ame, como se ninguém nunca houvesse feito sofrer...
Trabalhe, como se não precisasse do dinheiro...
Dance, como se ninguém estivesse olhando...
Cante, como se ninguém estivesse ouvindo...
Viva, como se fosse no paraíso!
Curta o que de melhor a vida lhe oferece com toda intensidade, como se fosse o último dia de sua vida ...
A vida muitas vezes é curta, mas mesmo assim seu caminho é longo.
Nela aprendemos a sorrir, chorar, amar, sofrer e a renascer, para amanhecer e termos um lindo dia...
Não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje...o ontem já passou... e o amanhã...talvez não chegará...
Seja Feliz Sempre!"
              Bom falar é fácil, mas e na pratica vc é feliz!!?
              Vivemos com dificuldades e sabemos delas,  tentamos contorna-las e devemos lidar com elas...segredo para a felicidade?
              Buscar e lutar sempre! Nunca desistir...Fazer o correto, a verdade sempre aparece no final! 

domingo, 10 de novembro de 2013

Tudo sobre colesterol....

       O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. O colesterol está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, o colesterol desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
      Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:
1- LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento;
2- HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.                              
          Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta.
A dieta rica em colesterol inclui grandes quantidades de alimentos de origem animal: óleos, leite não desnatado e ovos. As gorduras, sobretudo as saturadas, contribuem para o problema do colesterol elevado.
          O colesterol alto não apresenta sintomas, por isso, quem tem ateroslerose e obesidade, possui história de morte na família por infarto, é sedentário e/ou alimenta-se com ingestão exagerada de gorduras saturadas tem mais chances de ter colesterol alto. A aterosclerose não produz qualquer tipo de sintoma até que ocorra a obstrução de uma ou mais artérias.
          O colesterol ruim alto é o resultado de uma má alimentação, rica em gorduras, bebidas alcoólicas, alimentos muito calóricos e pouca ou nenhuma atividade física. E entende-se por atividade física aqueles exercícios realizados na academia de ginástica, pois as atividades como limpar a casa, fazer compras, ou trabalhar como lixeiro nas ruas, não traz o mesmo benefício.
          Ter o nível de colesterol bom baixo é tão ruim quanto ter os níveis de colesterol mau altos, pois assim há um aumento considerável nas chances de desenvolver doenças cardíacas como por exemplo o infarto.
           Para aumentar os níveis de colesterol bom no organismo recomenda-se o consumo de alimentos como:
  • azeite de oliva; óleos vegetais (canola, girassol, milho, gergelim);
  • amêndoas; abacate; amendoim;
  • ervilhas; queijo tofu; farinha de soja e leite de soja.
          Saber os seus níveis de colesterol é muito importante, por isso recomenda-se fazer o exame de sangue para o colesterol pelo menos 1 vez por ano. Quem tiver os valores do colesterol bom baixo deve seguir uma dieta pobre em açúcares e em gorduras, e fazer atividade física, dentro dos seus limites.
          O tratamento para reduzir os triglicerídeos do sangue consiste em praticar exercícios físicos regularmente e seguir uma dieta com baixo teor de gordura.
         Caminhar, correr e nadar são exercícios prazerosos que podem ser realizados fora da academia de ginástica. Mas para que o exercício consiga diminui os triglicerídeos no sangue é importante praticar a atividade física, no mínimo, 3 vezes por semana por, pelo menos, 40 minutos seguidos.
         Geralmente os triglicerídeos não apresentam sintomas, mas alguns sinais que podem evidenciar os triglicerídeos altos no sangue são:
  • Acumulo de gordura abdominal, que está relacionada ao aumento de risco de doenças cardíacas;
  • Xantelasma, que são pequenas lesões na pele que surgem ao redor dos olhos, que surgem quando o colesterol também está alto.
         Para diagnosticar o triglicerídeos altos é recomendado fazer um exame de sangue que avalia os triglicerídeos e também o colesterol.
       As pessoas mais suscetíveis a riscos relacionados a altos níveis de colesterol são aquelas com: pressão alta, obesidade, diabetes, vida sedentária entre outros.
         Parâmetros de Colesterol no sangue.

Desejável Limite de Precaução
Colesterol total – 200 200-240 + 240
Colesterol HDL + 45 35-45 – 35
Colesterol LDL – 130 130-160 + 160

Algumas recomendações nutricionais incluem:
-  Procurar uma dieta balanceada
- Começar um programa de exercício
- Não comer mais de 3 porções de carne magra por semana
- Tirar a graxa dos alimentos antes de cozinhar, como carne e frango
- Comer porções de peixe e evitar camarões.
- Tomar lácteos desnatados e baixos em graxa
- Não exceder a ingestão diária de graxa de 30%, e 10% de graxa saturada
- Apoiar-se com suplementos alimentares para melhorar a dieta

      Procure sempre seu cardiologista e peça orientação adequada, devemos calcular os fatores de risco indiviadualmente e utilizar medicamentos de acordo com os fatores de risco individualmente. Sabemos hoje, que quanto mais precoce o tratamento e os cuidados, como atividade física, diminuem os riscos cardiovasculares a longo prazo. Pelas diretrizes brasileiras observa-se uma conduta mais rígida e pouca tolerância quantos aos níveis alterados de colesterol.
      Cuide-se hoje e sempre! 







sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Dia do Médico - 18/10/2013

        Bom, inicialmente gostaria de parabenizar a todos os médicos pelo seu dia! Ou será, dias! Ao cumprimentar uma colega hoje, me disse: "O dia do médico é todos os dias, pois todos os dias somos cobrados e temos responsabilidades constantes!". Pensei ela tem razão...
        Refletindo sobre os nossos dias podemos entender como é difícil ser médico.  É um longo caminho , começando com uma decisão inicial , algumas experiências voluntárias iniciais , um vestibular concorrido para a universidade e após, mais estudos para as provas de residência e provas para o reconhecimento de título! Mas ele não termina aí.
          O trabalho duro começa na escola de medicina , onde longas horas de estudo e provas repetidas são consideradas normais e onde você precisa de seus pacientes mais do que eles precisam de você .

Há uma abundância de coisas que você tem que desistir ao longo do caminho:
1 . Seu desejo de mudar o mundo.  Você deve , eventualmente , desistir da idéia de se tornar uma espécie de super-herói médico que pode resolver todos os problemas médicos , um por um . Sim os médicos podem fazer algumas coisas impressionantes quando se aplica as suas competências para a situação. Mas lembre-se que, contudo, você não será capaz de superar os problemas causados ​​pela pobreza , guerra, negligência ou abuso do governo. Isso não significa que você não pode tentar ajudar as pessoas atingidas por qualquer um desses, você só vai achar que você é muito pequeno para fazer alguma diferença sistêmica real.
2. Seus fins de semana livres, no geral acabarão! Tudo começa na escola de medicina , quando o trabalho começa a se acumular e fins de semana são sacrificados para cumprir prazos e para a revisão antes da prova. Uma vez que você começar a trabalhar como médico residente, você vai encontrar-se com o novo mas que será o velho problema - o plantão! Assim, você terá que trabalhar em seus fins de semana de plantão para que você possa sair num feriado ou casar ou qualquer outra coisa (terá que trocar) . Haverá fins de semana ensolarados, quando seus amigos não -Médico estarão tendo um churrasco , enquanto você vai estar de plantão ou trabalhando na sua especialidade suando a camisa, e ainda vão te perguntar por que você escolheu este caminho .
3 . Uma boa noite de sono. Plantões de 24 horas, 48 horas ou 72 horas e após trabalhar no consultório. Ficar pensando naquele paciente internado ou no próximo procedimento do dia seguinte. Você ficará pensando como alguém consegue, fazer várias noites de plantão, é muito desumano. A conversa entre os médicos que fazem noites juntos muitas vezes gira em torno de mudança de especialidade ou deixar a profissão. Não se preocupe , tudo fica esquecido , uma vez que atribuições normais do dia são restauradas.
4. O seu desejo de evitar a sensação de um tolo. Você pode cometer erros de vez em quando neste trabalho e seus erros serão todos potencialmente graves , simplesmente porque tudo que você faz afeta a vida de seus pacientes diretamente.  Você vai se sentir como um idiota às vezes se o pensamento que te assusta for de escolher uma profissão diferente.
5. Seu desejo de sempre colocar os amigos e a família em primeiro lugar. Como médico, seu trabalho geralmente tem prioridade e você simplesmente não pode fugir de suas responsabilidades , simplesmente porque você tem compromissos anteriores de natureza pessoal . Além de doença ou luto, a sua primeira prioridade será a sua profissão. Seus amigos e familiares podem achar difícil de entender à primeira vista.
6. Seu desejo de agradar a todos. Quer se trate de seus amigos ou familiares ou seus futuros pacientes é melhor você se acostumar a perturbar as pessoas ao longo do tempo . Dizendo a sua esposa que você precisa adiar um compromisso à noite , porque você ainda está operando em um caso difícil, ou dizendo a um paciente que você não chegará no horário por que vai estar operando.
7. Boa saúde. Você pode não saber , mas a profissão de médico tem altos índices de doenças físicas e mentais. Os médicos também são menos propensos a procurar ajuda de outras profissões que tudo contribui para um quadro bastante preocupante.


        As verdades sobre a profissão médica são duras, mas por que escolhemos a profissão...
Por Amor, por nos sentirmos realizados e felizes por ajudar o próximo, usando nosso conhecimento e prevenindo ou curando doenças, somos como a luz - pronta para iluminar o caminho daqueles que perderão as esperanças por motivo de doença.
AJUDAR, essa é a nossa função ou missão!
Obrigado a todos! e aos nossos familiares pelos momentos difíceis e alegres!

domingo, 29 de setembro de 2013

Dia Mundial do Coração - 29 de Setembro

               No Brasil, as doenças cardiovasculares causam 31,3% das mortes entre as doenças não transmissíveis. As doenças cardiovasculares afetam indivíduos de todos os níveis socioeconômicos e, mais especificamente, aqueles que pertencem a grupos vulneráveis, como os idosos e as pessoas com baixo nível educacional e econômico. Cerca de 300 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças cardiovasculares, como infarto, acidente vascular encefálico, insuficiências cardíaca e renal ou morte súbita.
              O Brasil foi um dos 194 países que fizeram um compromisso para reduzir as mortes prematuras por DCV em 25% até 2025. Muitas dessas doenças têm início do desenvolvimento na infância e adolescência, levando ao estágio avançado da doença ou à morte prematura na vida adulta. Crianças, em grande parte, dependem dos adultos para orientação sobre comportamentos saudáveis. Por isso, é preciso garantir que elas adotem bons hábitos de vida, como propõe o tema da campanha do Dia Mundial do Coração: Ajude as crianças a seguir o caminho para um coração saudável.
              De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as crianças de 5 a 17 anos idade devem fazer pelo menos 60 minutos de atividade física moderada (por exemplo, dança, caminhada, passear com o cachorro, ajudar os pais a lavarem o carro...) a vigorosa (como correr, pedalar, nadar, brincar, praticar esportes competitivos) todos os dias. Se a prática de atividades ultrapassa 1 hora, os exercícios proporcionam ainda mais benefícios à saúde da criança. Outras dicas são limitar o tempo das crianças na frente da televisão ou jogando videogame para não mais de duas horas por dia e incentivar uma dieta saudável para o coração.
              Mato Grosso está em quinto lugar no ranking brasileiro de mortes por infarto com 5,83 óbitos a cada 100 mil habitantes.
              A cada visita ao cardiologista deve-se fazer exames periódicos, com o objetivo de avaliar os riscos de doenças cardiovasculares  e evitar eventos como infarto a longo prazo.
              Para cada exame solicitado existe um objetivo. Exemplo o teste ergométrico além de ser um exame de custo baixo, avalia o risco de infarto, arritmia e pressão arterial ao esforço. Doppler de carótidas avalia o espessamento intimal e a presença de placas ateroscleróticas nas artérias carotídeas do pescoço. Angiotomografia de Coronárias avalia o Escore de Calcio (considerado por alguns estudos como melhor indicador do fator de risco de doença arteriosclerótica), e  as obstruções coronarianas. Indice tornozelo-braquial avalia por escore se existe doença arteriosclerótica. Cintilografia perfusional do Miocardio avalia a perfusão do Coração e consequentemente grau de isquemia e risco de infarto ou morte. Exemplo da Ressonancia Magnética Cardíaca que permite avaliar a perfusão, morfologia, mal formação e fibrose miocárdica. O Ecocardiograma Transtorácico analisa a morfologia do coração avaliando a motilidade do músculo cardíaco e valvulopatias e mal formações.
             Cada caso é um caso e os exames devem ser solicitados de acordo com os fatores de risco do paciente, como Diabetes, tabagismo, Idoso, Doença vascular periférica, hipertenso estágio 3 (fatores  que aumentam o risco cardiovascular). Para analisar a isquemia miocardica, por exemplo, cada exame apresenta sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico correto e isto depende de cada caso e de cada paciente, maior ou menor risco (pelos critérios já citados e pelo escore de Framingham).
            Fazer consultas com seu cardiologista periodicamente e realizar exames com indicação correta para cada caso, ajudam a diagnosticar e prevenir o risco de infarto e morte.
            Alguns dos exemplos para prevençao são o uso de estatinas em pacientes dislipidemicos, o controle do sal na dieta, dos níveis de gorduras (principalmente industrializadas), atividades físicas regulares pelo menos 30 minutos por dia.
             Educação e prevenção para evitar eventos futuros esta é a chave para uma política de saúde adequada. Devemos cuidar de nossa saúde quando estamos jovens para termos um futuro saudável e com qualidade.
            Pense nisso!!

sábado, 14 de setembro de 2013

Sal e Coração, Tudo o que vc precisa saber!

                Reduzir o consumo de sal protege o coração, afasta a obesidade, garante uma vida mais longa.  O exagero tem trazido problemas que vão desde o aumento da pressão arterial até a asma. 
                 A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15% e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.
               O consumo excessivo de sal aumenta os riscos de hipertensão e doenças cardiovasculares. O grande vilão não é o sal acrescentado no preparo dos alimentos e sim, aquele presente nos alimentos processados e industrializados.

               A cada ano, aumenta o número de óbitos no Brasil por doença arterial coronária (DAC). Nos últimos levantamentos da Organização Mundial de Saúde (OMS) foram registrados aproximadamente 300 mil mortes por ano, isto é, a cada dois minutos ocorre um óbito em função desta doença. Estudos da OMS revelam, ainda, que a DAC cresce anualmente devido ao inadequado controle dos principais fatores de risco cardiovasculares como a hipertensão, diabete e o aumento do colesterol.
                Como forma de prevenção, é importante evitar os alimentos enlatados, embutidos (salame, salsicha), envidrados (palmito, azeitona e molhos em geral), queijos e pães. Todos estes alimentos contêm sódio (composição do sal de cozinha) e a elevada ingestão dele faz o organismo reter mais líquidos, podendo levar ao aumento da pressão sanguínea e causar a hipertensão, responsável por infarto e acidente vascular cerebral, além de afetar os rins.
                Recomenda-se a utilização do sal somente no preparo dos alimentos, mas com moderação, e retirar os saleiros da mesa. A medida diária de sal fica em torno de 4 a 6 gramas. No tratamento não medicamentoso, as medidas comprovadamente eficazes no controle à hipertensão são: atividade física, dieta com pouco sal, dietas ricas em potássio, eliminação de álcool e tabaco e perda de peso.

                Cerca de 2/5 do total das doenças, a nível mundial, podem ser atribuídas a fatores alimentares, sendo 1/5 devido a carências nutricionais (essencialmente proteicas e minerais) e 1/5 atribuído a fatores de risco que têm por detrás determinantes nutricionais, como a hipertensão arterial, colesterol, excesso de peso e o baixo consumo de frutas e vegetais. O peso das doenças crônicas têm crescido rapidamente em todo o mundo e cerca de metade da mortalidade atribuída às doenças crônicas têm como causa as doenças cardiovasculares. Supõe-se que em 2020, as doenças crônicas serão responsáveis por cerca de 3/4 da mortalidade mundial, com um peso cada vez maior nos países em desenvolvimento.
                 A influência dos fatores alimentares, como o sal, no aumento da tensão arterial, tem sido difícil de elucidar, dada a pouca precisão com a que exposição a este factor de risco é medida, existindo ainda o problema de exposição a mais do que um fator de risco, como as gorduras. Apesar destas dificuldades, nas últimas décadas, têm surgido, evidências científicas (de estudos observacionais e experimentais) que sugerem que o elevado teor de sal na dieta é um importante fator de risco, no aumento da tensão arterial, comprovando a relação entre a ingestão de sódio e valores elevados de pressão arterial.

             Os inúmero males que o produto pode causar à saúde levou a Organização Mundial da Saúde, a OMS, a incluir o sal entre as substâncias que precisam ser reduzidas na alimentação. A má notícia é que, infelizmente, nós, brasileiros, gostamos muito de exceder no tempero. 
              Pitadas e mais pitadas de sal são capazes de disparar crises de asma e obesidade, segundo um estudo publicado no periódico inglês International Journal of Clinical Practice.
          Outro trabalho que foi publicado na revista científica inglesa British Medical Journal. Assinado por americanos da Universidade Harvard, assegura que a redução do tempero é capaz de proteger o coração mesmo dos que não são hipertensos. Para chegar a essa conclusão eles acompanharam 2,4 mil indivíduos durante 15 anos. 


Como diminuir o sal
             Diminuir o consumo de sal pode ser meio difícil no começo. O melhor é uma redução gradual para adaptação. Nas primeiras garfadas menos salgadas, talvez ache um pouco sem graça, porque as papilas gustativas precisam de um tempo para se ajustar à menor quantidade de sódio. É preciso ter paciência, porque essa adaptação pode levar até três meses.

         É bom estar alerta também em relação aos doces, pois quem tem hipertensão deve evitar produtos adoçados com ciclamato de sódio. Assim como o sal, esse adoçante tem sódio, que afeta a pressão.
              Há duas maneiras de diminuir o consumo de sal:
- A utilização do sal hipossódico, cujo teor de sódio é 50% inferior ao do sal normal. Ele dá aos alimentos o mesmo gosto do sal de cozinha e contém potássio, o que traz benefícios adicionais. Entretanto, ele deve ser usado sob orientação médica, pois para algumas pessoas, este tipo de sal pode estar contraindicado.
- Mudar no modo de preparo dos alimentos. Em vez de cozinhar a comida com o sal, deixe para colocá-lo apenas na hora de servir o prato. Este procedimento faz com que o alimento absorva menos sal, além de tornar mais fácil o controle da quantidade de sal realmente ingerida.

 Substitua o sal
             No lugar do sal bote ervas e hortaliças. Elas ajudam seu paladar a enfrentar a fase de adaptação à comida menos salgada. O consumo de sal em excesso pode levar ao aumento da pressão arterial. Embora isto não seja verdade para todas as pessoas, é verdadeiro para grande parte delas. A restrição de sal na dieta alimentar tem demonstrado benefícios, tanto para hipertensos, reduzindo os seus níveis tensionais, como para normotensos, reduzindo suas chances de se tornarem hipertensos.

sábado, 3 de agosto de 2013

Ansiedade, Estresse e Coração

           Existem pesquisas que mostram que o estresse afeta o organismo causando alterações celulares de maneira a aumentar a incidência de doenças. O estresse está ligado às doenças do coração e à hipertensão arterial.A maioria dos estudos relaciona o estresse à hipertensã e às doenças do coração. Dados convincentes sugerem que o medo crônico, a ansiedade, a solidão e a depressão podem ser letais para pessoas com doenças do coração. 
            O estresse constitui problema, quando o estado de tensão interior diante da perspectiva de situações ameaçadoras torna-se permanente, crônico, pois cada vez que nosso psiquismo percebe o perigo, envia ordens ao sistema endócrino e as glândulas suprarrenais liberam substâncias na corrente sanguínea, que preparam o organismo para um possível combate. Esse mecanismo é fisiológico e natural.
           Estresse uma ocorrência fisiológica e normal no reino animal. O Estresse é a atitude biológica necessária para a adaptação do organismo à uma nova situação. Em medicina entende-se o Estresse como uma ocorrência fisiológica global, tanto do ponto de vista físico quanto do ponto de vista emocional. As primeiras pesquisas médicas sobre o Estresse estudaram toda uma constelação de alterações orgânicas produzidas no organismo diante de uma situação de agressão.
           Fisicamente o Estresse aparece quando o organismo é submetido à uma nova situação, como uma cirurgia ou uma infecção, por exemplo, ou, do ponto de vista psicoemocional, quando há uma situação percebida como de ameaça.
           De qualquer forma, trata-se de um organismo submetido à uma situação nova (física ou psíquica), pela qual ele terá de lutar e adaptar-se, conseqüentemente, terá de superar. Portanto, o Estresse é um mecanismo indispensável para a manutenção da adaptação à vida, indispensável pois, à sobrevivência.
           Do ponto de vista psíquico o Estresse se traduz na Ansiedade. A Ansiedade é, assim, uma atitude fisiológica (normal) responsável pela adaptação do organismo às situações de perigo.
            De frente para o perigo nossa performance física faz coisas extraordinárias, coisas que normalmente não seríamos capazes de fazer em situações mais calmas. Se não existisse esse mecanismo que nos coloca em posição de alerta ou alarme, talvez nossa espécie nem teria sobrevivido às adversidades encontradas pelos nossos ancestrais.Embora a Ansiedade favoreça a performance e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que nosso organismo atinja um máximo de eficiência.
           À partir de um ponto excedente a Ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa. Nesse ponto crítico, onde a Ansiedade foi tanta que já não favorece a adaptação, ocorre o esgotamento da capacidade adaptativa. 

           Se, em épocas primitivas o coração palpitava, a respiração ofegava e a pele transpirava diante de um animal feroz a nos atacar, se ficávamos estressados diante da invasão de uma tribo inimiga, hoje em dia nosso coração bate mais forte diante do desemprego, dos preços altos, das dificuldades para educação dos filhos, das perspectivas de um futuro sombrio, dos muitos compromissos econômicos cotidianos e assim por diante. 
            Como se vê, hoje nossa Ansiedade é continuada e crônica. Se a adrenalina antes aumentava só de vez em quando, hoje ela está aumentada quase diariamente.
            A Ansiedade aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, ela representa um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos. Desse jeito nosso domingo têm uma apreensão de segunda-feira e a pessoa antes de dormir já pensa em tudo que terá de fazer quando o dia amanhecer. É a corrida para não deixar nada para trás, além de nossos concorrentes. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier.  
SINTOMAS ASSOCIADOS À ANSIEDADE CRÔNICA
01 - tremores ou sensação de fraqueza
02 - tensão ou dor muscular
03 - inquietação
04 - fadiga fácil
05 - falta de ar ou sensação de fôlego curto
06 - palpitações
07 - sudorese, mãos frias e úmidas
08 - boca seca
09 - vertigens e tonturas
10 - náuseas e diarréia
11 - rubor ou calafrios
12 - polaciúria (aumento de número de urinadas)
13 - bolo na garganta
14 - impaciência
15 - resposta exagerada à surpresa
16 - dificuldade de concentração ou memória prejudicada
17 - dificuldade em conciliar e manter o sono
18 - irritabilidade

         Ansiedade pode levar a arritmias? Sim, e com certeza é a sua maior causa.
Nosso corpo e cérebro estão sempre preparados a responder a desafios, desde um atraso em um compromisso importante até um acidente na rua. Quando este sinal de alerta ocorre o cérebro libera algumas substâncias que provocam diversas alterações no nosso corpo:o coração começa a bater mais depressa, as pupilas se dilatam, aumenta a quantidade de sangue nos nossos músculos e cabeça, diminui a quantidade de sangue nos intestinos entre outras coisas. Tudo para que nos possamos ficar mais alertas e prontos para reagir. 
          Apesar do corpo realizar diversas mudanças, normalmente não sentimos nada. Não é incomum que após algum stress algumas pessoas sintam dor de cabeça, um pouco de aceleração no coração, irritabilidade ou até mesmo vontade de ir ao banheiro.
       A ansiedade é saudável, necessária para que possamos estar alertas, atentos e disponíveis para enfrentar situações inesperadas.
   A sensação do coração batendo forte (palpitações) é uma das manifestações mais comuns da ansiedade. Nem sempre estão associadas com alterações dos batimentos cardíacos mas o simples fato de sentir o coração bater é muito incômodo.
 


Leia Mais: ESTRESSE E CORAÇÃO - ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?192#ixzz2awXiIB8i
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quarta-feira, 26 de junho de 2013

MEDICOS NO BRASIL - PARTE 3 MATO GROSSO

              O número de registros de médicos em atividade no Brasil atingiu 388.015* em outubro de 2012, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). O número se aproxima dos 400 mil e atinge a taxa de 2,00 profissionais por 1.000
               O Brasil se aproxima dos 400 mil médicos e atinge taxa de 2 profissionais por 1.000 habitantes *Segundo dados de 01 de outubro de 2012, há 388.015 registros médicos ativos no país junto ao CFM. Desse total, 93,6% têm um único registro, ou seja, são médicos ativos em apenas um dos estados da Federação. Os outros 6,4%, ou 28.843 profissionais, têm registros “secundários” ativos em mais de um estado, seja por atuarem em áreas de divisa ou por terem se deslocado temporariamente de uma unidade da federação para outra. Para efeito deste trabalho, contou-se cada registro de médico. Nas bases de dados dos CRMs, faltam informações em alguns registros sobre o ano de formado, ano de nascimento e sexo, entre outras. Por isso há pequenas divergências nos quantitativos de determinadas tabelas deste relatório de pesquisa.
                Entre outubro de 2011 e outubro de 2012, foram contabilizados 16.227 novos registros de médicos. O aumento em 12 meses foi de 4,36%. O crescimento exponencial de médicos no país já se estende por 40 anos. De 1970, quando havia 58.994 médicos, o Brasil chega a 2012 com um salto de 557,72%. De 1970 a 2010, a população brasileira como um todo cresceu 101,84%.

Distribuição de médicos registrados (CFM) por 1.000 habitantes, segundo Unidades da
Federação – Brasil, 2013

                          CFM          POPULAÇÃO   RAZÃO
Mato Grosso     3.919       3.115.336           1,26
Brasil                388.015   193.867.971      2,00
Cuiabá              2.001        556.298            3,60

Distribuição de médicos contratados (RAIS) por 1.000 habitantes, segundo capitais –
Brasil, 2013
                     MÉDICO (RAIS)   POPULAÇÃO   RAZÃO

Cuiabá                       264              556.298                 0,47
Campo Grande          1.578           796.252                  1,98

          O Brasil tem 1,48 médico cadastrado (CNES) por 1.000 habitantes. A distribuição por grandes regiões segue a proporção observada nos outros indicadores, com o Sudeste em primeiro lugar, com razão de 1,91, seguido do Sul com 1,60. Na sequência vem o Centro-Oeste, com razão de 1,51, o Nordeste com 1,00, e o Norte com 0,77.
         A distribuição de médicos cadastrados confirma a existência de um país dividido entre Sudeste-Sul e Norte-Nordeste, com o Centro-Oeste ocupando o meio e o Distrito Federal concentrando maior número de profissionais cadastrados (2,67 por 1.000 habitantes)

Distribuição de médicos cadastrados (CNES) por 1.000 habitantes, segundo Unidades da
Federação – Brasil, 2013
               MÉDICO (CNES)   POPULAÇÃO       RAZÃO
Brasil           287.693                 193.867.971            1,48
Cuiabá            1.478                      556.298               2,66

O número de postos de trabalho ocupados por médicos em estabelecimentos de saúde no Brasil atingiu 636.017, na última AMS, de 2009. O número é maior que os 388.015 profissionais registrados (CFM) porque o mesmo médico pode trabalhar em mais de um local con- tado pelo IBGE.
                             POSTOS DE TRABALHO      POPULAÇÃO    RAZÃO
                             OCUPADO  
Brasil                     636.017                                       190.732.694        3,33                                      Mato Grosso                    6.933                                           2.449.341           2,83                                                                                                                                        Cuiabá                   2.314                                            530.308                 4,36

           Segundo o CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, 215.640 médicos atuam no Sistema Único de Saúde, em serviços públicos municipais, estaduais e federais Isso representa 55,5% do total de 388.015 médicos ativos registrados no Brasil (CFM)
           Apesar do aprimoramento recente do CNES, há subnotificações, falhas na alimentação das bases e faltam indicadores que seriam fundamentais para qualificar a presença dos médicos nos serviços públicos. Médicos em regimes de plantão e contratos terceirizados ou via Organizações Sociais (OSs) podem não constar do cadastro nacional, subestimando o número de profissionais que trabalham no SUS.
          A diferença entre médicos registrados no CFM e médicos do SUS cadastrados no CNES (mesmo considerando possível subnotificação), ambos por 1.000 habitantes, pode indicar uma presença de médicos a favor do setor privado. Tanto o estudo da Demografia Médica no Brasil quanto a pesquisa AMS do IBGE vem demonstrando evolução da concentração de médicos em estabelecimentos privados, considerando o tamanho da população coberta pelos planos de saúde.

                           MÉDICO CNES/SUS     POPULAÇÃO   RAZÃO
Brasil                     215.640                        193.867.971             1,11
Mato Grosso            2.334                            3.115.336               0,75
Cuiabá                      899                                556.298                1,62

           Brasil terá 500 mil profissionais em 2020, atingindo taxa de 2,41 médicos por 1.000 habitantes Médicos acompanham concentração de outros profissionais e de estabelecimentos de saúde
          O maior contingente de dentistas, de enfermeiros, de técnicos de enfermagem e de auxiliares de enfermagem. Da mesma forma, o estudo mostra que a presença médica está diretamente relacionada à capacidade instalada dos serviços de saúde. E que o porte das cidades é um dos motivos indutores dessa presença.
          As relações podem parecer óbvias, mas reforçam o peso da desigualdade na distribuição, fenômeno que não pode ser atribuído unicamente à vontade dos profissionais em fixar-se nos territórios.
         Outro foco é o mapeamento de três tipos de serviços de saúde selecionados, confrontados com a distribuição de médicos, em todo o país. Informações sobre quantos são e onde estão os estabelecimentos e os profissionais tornam-se fundamentais diante da complexidade da oferta e demanda em saúde num país com as dimensões do Brasil. O texto e as tabelas que seguem mostram que onde estão os médicos também estão os serviços. É possível supor que os serviços chegam primeiro que os profissionais. E que a presença do médico é acompanhada da presença dos demais profissionais da saúde, especialmente da área de enfermagem. Significa dizer que a distribuição desigual de médicos pelo país está estreitamente vinculada à implantação dos serviços. O que reforça ainda mais o papel da presença do Esta- do na saúde, já que a precariedade dos serviços é mais presente nas regiões mais carentes.
          Onde há mais serviços,  há mais médicos.
           Estrangeiros e brasileiros graduados no exterior buscam os grandes centros ais de 40% dos médicos estrangeiros ou brasileiros que cursaram Medicina no exterior estão em três estados do Sudeste, justamente aqueles com maior presença de médicos. Os dados deste estudo mostram que uma entrada maior desses profissionais – imigrantes ou formados lá fora poderá não significar um aumento automático de médicos nas regiões mais desassistidas.
         Do total de 388.015 médicos com registro ativo no país, 7.284 deles se graduaram no exterior. Significam 1,87%. A maioria deles, 64,83%, são brasileiros que saíram para estudar fora e retornaram. Os outros são imigrantes que já chegaram com seus diplomas. Todos eles se submeteram às exigências legais, passaram por exame para revalidar os diplomas e se inscreveram em algum CRM.
           No grupo de brasileiros e estrangeiros graduados fora do país, 79,2% não têm título em nenhuma especialidade.  São Paulo é de longe a cidade que concentra o maior número de médicos formados no exterior.
            Na projeção do número de médicos, ficou demonstrado que a razão médico-habitante no Brasil alcançará um patamar muito acima do atual, mesmo sem a adoção de medidas excepcionais, como a abertura de mais cursos de medicina, a flexibilização de regras de revalidação de diplomas obti- dos no exterior e a facilitação da entrada de médicos estrangeiros. Pelas projeções, já em 2020 os médicos serão 500 mil, com taxa de 2,41 por 1.000 habitantes. Em 2028 o número de mulheres no mercado passará o de homens, e em 2050 o total de profissionais será superior a 900 mil, com razão de 4,24 médicos por 1.000 habitantes.
            Pelo menos cinco estados do Norte e Nordeste, no entanto, continuarão com taxas abaixo da razão nacional atual,que é de 2,00. O aumento da taxa nacional médico habitante, por certo, não reduzirá as desigualdades entre regiões e entre os setores público e privado da saúde, caso não sejam adotadas novas políticas de atração e fixação de médicos, e caso não ocorram mudanças substantivas no funcionamento do sistema de saúde brasileiro.  Por fim, como já alertado no primeiro volume deste estudo, fica a certeza de que a presença do médico não pode ser determinada por decisões governamentais unilaterais, nem apenas por gestores do sistema púbico ou por entidades médicas, muito menos por interesses de mercado.  Antes, precisa ser debatida com transparência, informações fundamentadas e participação da sociedade. O diagnóstico precipitado desse problema pode orientar inadequadamente políticas e programas que visam formar ou instalar médicos, resultando até mesmo em danos irreversíveis ao sistema de saúde brasileiro.


http://www.cremesp.org.br/pdfs/DemografiaMedicaBrasilVol2.pdf

sábado, 22 de junho de 2013

MÉDICOS NO BRASIL - PARTE 2

             A breve revisão histórica aqui realizada sugere que o aumento persistente do efetivo médico não beneficiou de maneira homogênea todos os cidadãos brasileiros, pois uma série de fatores conduz à heterogeneidade do fluxo de médicos no território nacional.
              O que se verá a seguir é uma compilação de dados secundários que expõe o aumento do
número de médicos no país, considerando o crescimento populacional, a ampliação das vagas em escolas médicas e a entrada, maior que a saída, de profissionais do mercado.
              O Brasil chega em 2013 com 400 mil médicos e com taxa de dois médicos por 1.000 habi-
tantes. Conforme projeções, os estados habitados por população com maior renda continuarão com a melhor densidade de médicos e aqueles com segmentos populacionais de menor rendimento, com a pior.
               Ao contar os médicos de várias formas – segundo registro nos Conselhos Regionais de
Medicina (CRMs), contratos formais de trabalho, cadastro e ocupação em estabelecimentos de saúde –, o estudo enfatiza o cenário de desigualdade na distribuição geográfica de médicos. Aqui também houve o esforço de confrontar bases e fontes distintas. Os médicos nunca foram tão numerosos, ao mesmo tempo em que persistem acentuadas desigualdades na distribuição dos profissionais entre as regiões, estados e municípios.
               Conhecer melhor tais diferenças é o primeiro passo para a compreensão da carência de profissionais e para fazer avançar o debate sobre a necessidade de mais médicos no país.
               Cabe ressaltar que a persistência e a intensidade das desigualdades de distribuição demonstram que o aumento do quantitativo por si só não garantirá a disponibilidade de médicos nos locais, nas especialidades e nas circunstâncias em que hoje há carência de profissionais. Precisam, por isso, ser aprofundados estudos que considerem a movimentação dos médicos o território nacional e entre os setores público e privado, a diversidade das formas de exercício profissional, a escolha das especialidades, os vínculos e as jornadas.
                Levantamento sobre a movimentação espacial dos médicos – onde nasceram, onde se
formaram e onde atuam hoje – sugere que a maioria deles termina por se fixar nos gran-
des centros. A localização dos cursos de medicina não é, portanto, o fator determinante de
fixação dos médicos ali graduados.
                Já o estudo sobre cancelamento dos registros nos CRMs reforça a tese de que os médi-
cos costumam migrar frequentemente para os grandes centros.
                A maior parte dos médicos formados fora do Brasil – tanto brasileiros quanto estrangei-
ros – se instala nas maiores cidades, especialmente no Sudeste.É um indício de que as flexibilidades de revalidação de diplomas podem não surtir o efeito desejado de suprir imediatamente locais hoje desprovidos de médicos.
                Outra constatação é que a concentração dos médicos acompanha a existência de serviços
de saúde e de outros profissionais, principalmente de dentistas e enfermeiros. A configu-
ração das estruturas e dos equipamentos de saúde, o atrativo das condições coletivas de
exercício profissional, a oferta de emprego e renda, e a qualidade de vida jogam a favor da
instalação dos médicos nos grandes centros.

MÉDICO NO BRASIL - PARTE 1

           O Brasil tem, proporcionalmente à população, metade dos médicos dos países europeus - no Norte e Nordeste, essa taxa se aproxima à de alguns dos países mais pobres do mundo. Dados que serão divulgados nesta segunda-feira (20), pela Organização Mundial da Saúde (OMS) na abertura de sua assembleia anual, em Genebra, revelam que a média de profissionais para cada 10 mil pessoas no Brasil está abaixo da do continente americano e é bastante inferior à dos países ricos.
          O governo brasileiro vem discutindo a ideia de importar médicos, justamente para atender áreas de maior déficit. Se em alguns centros urbanos os números chegam a superar a média de países ricos, em outras regiões a penúria é dramática, com mais de 300 municípios em dificuldades.
          Segundo a OMS, há 17,6 médicos no Brasil para cada 10 mil pessoas. A taxa é um pouco inferior à média do restante dos países emergentes - 17,8. O índice também é inferior à média das Américas (mais de 20).
          Mas é a comparação com os países ricos, principalmente da Europa, que revela a disparidade entre a situação no Brasil e nas economias desenvolvidas. Em geral, existem duas vezes mais médicos na Europa que no Brasil - 33,3 a cada 10 mil habitantes. São 48 médicos na Áustria a cada 10 mil cidadãos, contra 40 na Suíça, 37 na Bélgica, 34 na Dinamarca, 33 na França, 36 na Alemanha e 38 na Itália.
      
     Disparidade
     
          O que chama a atenção da OMS é que há diferentes realidades no Brasil. No Sudeste, por exemplo, a taxa é de 26 médicos por 10 mil habitantes, superior à dos Estados Unidos (24), Canadá (20) e Japão (21) de saúde no mundo. Mas, nos Estados do Norte, são 10 médicos para cada 10 mil pessoas, abaixo da média nacional de países como Trinidad e Tobago, Tunísia, Tuvalu, Vietnã, Guatemala, El Salvador ou Albânia.
          No Nordeste, a taxa é de 12 médicos para cada 10 mil pessoas - no Maranhão, chega a 7 médicos por 10 mil, taxa equivalente à da Índia ou do Iraque. A situação mais dramática, porém, é ainda da África, com apenas 2,5 médicos a cada 10 mil habitantes. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo"
        Apenas a constatação numérica não é suficiente para justificar decisões em matéria de demografia médica. Necessidade de médicos estabelecida a priori geralmente baseia-se em juízos de valor distanciados das necessidades de saúde da população. Sem tradição em produzir estatísticas de saúde confiáveis, o Brasil precisa aprimorar a qualidade dos dados sobre médicos e alcançar um novo patamar de conhecimentos por meio de estudos sistemáticos que possam melhor esclarecer as escolhas que vem sendo feitas. A consequência mais grave da ausência de dados e de informações validadas seria a adoção de uma política de demografia médica guiada por objetivos imediatistas pautados na duração de mandatos dos governantes, nas visões corporativas da categoria médica e nas
motivações financeiras do setor privado da educação e da saúde.
        

sábado, 25 de maio de 2013

Dengue

        A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus e é transmitida, no Brasil, através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
        Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
        A dengue é conhecida no Brasil desde os tempos de colônia. O mosquito Aedes aegypti tem origem africana. Ele chegou ao Brasil junto com os navios negreiros, depois de uma longa viagem de seus ovos dentro dos depósitos de água das embarcações.
        No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4.  O vírus tipo 4 não era registrado no País há 28 anos, mas em 2010 foi notificado em alguns estados, como o Amazonas e Roraima,
        A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica.
Formas de apresentação
         A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.
- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.
- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.
Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.
- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
- Síndrome de Choque da Dengue
Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.
Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
           O mosquito da dengue (Aedes aegypti) é o vector de doenças graves, como o dengue e a febre amarela, e por isso o controle de sua reprodução é considerado assunto de saúde pública.
O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, vector da malária, que tem atividade crepuscular (durante o amanhecer ou anoitecer) tendo como vítima preferencial o homem.
Mosquito da Dengue

           De difícil controle, já que seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada de água propicia a incubação, o mosquito da dengue deposita seus ovos em diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Assim como na maioria dos demais mosquitos, somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas substâncias vegetais e açucaradas.
           Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água limpa, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, eles escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, o aedes aegypti não consegue se reproduzir.

Sintomas da Dengue:
         Há suspeita de dengue em casos de doença febril aguda com duração de até 7 dias e que se apresente acompanhada de pelo menos dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores musculares, dores nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo.

SINAIS DE ALERTA – DENGUE HEMORRÁGICA

1. Dor abdominal intensa e contínua (não cede com medicação usual);
2. Agitação ou letargia;
3. Vômitos persistentes;
4. Pulso rápido e fraco;
5. Hepatomegalia dolorosa;
6. Extremidades frias;
7. Derrames cavitários;
8. Cianose;
9. Sangramentos expontâneos e/ou prova de laço positiva;
10. Lipotimia;
11. Hipotensão arterial;
12. Sudorese profusa;
13. Hipotensão postural;
14. Aumento repentino do hematócrito;
15. Diminuição da diurese;
16. Melhora súbita do quadro febril até o 5 dia;
17. Taquicardia.
Fonte: Dengue – Aspectos Edipemiológico, diagnóstico e tratamento (Ministério da Saúde)

         A ação mais simples para prevenção da dengue é evitar o nascimento do mosquito, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução. A regra básica é não deixar a água, principalmente limpa, parada em qualquer tipo de recipiente.
         O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.
          É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.
           O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que podem permanecer por 10 dias.
           O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos.
           Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção.
           Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças. Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.