terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Pratique esportes! 2013 com Saúde

Benefícios da Prática do Esporte para a nossa Saúde

Auto-estima: A prática regular de exercícios aumenta a confiança do indivíduo.
Capacidade Mental: Pessoas ativas apresentam reflexos mais rápidos, maior nível de concentração e memória mais apurada.
Colesterol: Exercícios vigorosos e regulares aumentam os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade, o “bom colesterol”) no sangue, fator associado à redução dos riscos de doenças cardíacas.
Depressão: Pessoas com depressão branda ou moderada, que praticam exercícios de 15 a 30 minutos em dia alternados, experimentam uma variação positiva do humor já após a terceira semana de atividade.
Doenças Crônicas: Os sedentários são duas vezes mais propensos a desenvolver doenças cardíacas. A atividade física regula a taxa de açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes.
Envelhecimento: Ao fortalecer os músculos e o coração, e ao amenizar o declínio das habilidades físicas, os exercícios podem ajudar a manter a independência física e a habilidade para o trabalho, retardando o processo de envelhecimento.
Ossos: Exercícios regulares com pesos são acessórios fundamentais na construção e manutenção da massa óssea.
Sono: Quem se exercita “pega” no sono com mais facilidade, dorme profundamente e acorda restabelecido.
Stress e Ansiedade: A atividade física libera os hormônios acumulados durante os momentos de stress. Também funciona como uma espécie de tranquilizante natural – depois do exercício a pessoa experimenta uma sensação de serenidade.
Dentre os esportes que recomendo e pratico e que fará parte das olimpíadas de 2016 no Brasil é o golfe.
Os benefícios do golfe
Descubra as vantagens da modalidade que se aprende em qualquer idade
Viver mais cinco anos. Esta é a conclusão de um estudo realizado na Suécia com mais de 300 mil golfistas, e divulgado pelo Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, no qual se demonstrou que estes têm uma taxa de mortalidade 40 por cento inferior ao resto da população.

Para os investigadores estes benefícios devem-se a vários aspetos positivos desta modalidade no organismo.
Esses benefícios abrangem desde o esforço físico envolvido no jogo à interação social que este promove, seja qual for a idade dos participantes. Isto sem esquecer, é claro, o fato de promover um estilo de vida mais saudável.
A prática regular de golfe pode ajudar a prevenir ou a tratar várias doenças, nomeadamente cardiovasculares e musculo-esqueléticas. Ao estimular a atividade física, este desporto combate o sedentarismo, melhora o desempenho articular e muscular e promove a saúde do aparelho cardiovascular.
Por ser considerada uma atividade física de baixo risco traumático, a sua prática pode manter-se até idades avançadas. A marcha e os movimentos dos membros superiores, do tronco e dos membros inferiores realizados durante cada percurso trazem benefícios ao nível osteomuscular e articular e podem também ter um efeito protetor sobre as articulações bem como contribuir para a manutenção da massa óssea.
É o caso do golfe, esporte que pode ser praticado por pessoas de ambos os sexos até a terceira idade. Pesquisa recente realizada nos EE.UU. comprovou que as caminhadas  durante partidas de golfe realizadas 3 vezes por semana trazem benefícios para a saúde e melhora da condição física. Nesta pesquisa, após vinte semanas o grupo ativo jogou em média 10 horas ou 2,5 partidas por semana e todos, grupo ativo e grupo controle, foram submetidos aos mesmos exames para  reavaliação. Com as comparações realizadas os pesquisadores puderam concluir que o grupo de praticantes de golfe conseguiu reduzir o peso corporal em 1.4 quilos, a circunferência da cintura em 2,2 centímetros e a gordura abdominal.
Os exames de laboratório mostraram diminuição do colesterol total em 7%, do LDL, o mau colesterol em 12% e aumento do HDL, o colesterol bom , em 5%. Os níveis de triglicérides diminuíram 14% e a aptidão física melhorou em relação ao primeiro teste. O grupo controle, representado por aqueles que continuaram sedentários, não mostrou variações na comparação entre os dois testes realizados.
 
Independentemente de praticar golfe, o importante mesmo é a prática regular de esportes, sempre orientado pelo seu médico cardiologista. Como toda atividade física deve ser orientada e prescrita pelo seu médico.
Pratique esporte! e prometa para 2013 um ano com mais saúde e felicidade
 
Viva!  Realize! Exercite!
 
A todos um feliz Natal e um excelente 2013. Com muita Saúde, que Cuiabá possa contar com mais atendimento e de qualidade na área da Saúde e que o governo tenha mais comprometimento. Com um correto e adequado planejamento é possível! Basta querer...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ANGIOTOMOGRAFIA CORONARIANA


A Angiotomografia das artérias coronárias é um exame não invasivo, realizado com os mais avançados e modernos tomógrafos, que permite a avaliação da anatomia das artérias coronarianas e a visualização tridimensional do coração e das suas estruturas. No estado de Mato Grosso este metodo diagnostico foi recentemente incluido no rol dos exames que devem ser autorizados pelos convenios medicos, desde que preencham criterios listados abaixo.

Para quem está indicada a Angiotomografia Coronariana?
A primeira orientação para os pacientes que querem saber se devem fazer uma Angiotomografia Coronariana é consultar um cardiologista.  

Para quem não está indicada a Angiotomografia Coronariana?
Este exame tem limitações de uso em pacientes com calcificações extensas das coronárias. Pacientes com obesidade acentuada também não se beneficiam desta técnica devido à atenuação da radiação por causa do sobrepeso.
Pacientes com ritmo cardíaco irregular (fibrilação atrial, extra-sístoles supraventriculares e ventriculares freqüentes ou com freqüência cardíaca acima de 70 batimentos por minuto que não pode ser abaixada com medicamentos também não se beneficiam desta tecnologia, por gerar muitos artefatos que impossibilitam a análise adequada das coronárias.

A Angiotomografia Coronariana substitui o Cateterismo?
Apesar do uso crescente da Angiotomografia para a avaliação das artérias coronárias, o cateterismo cardíaco continua sendo o método ideal para detectar obstruções nas artérias coronárias e, assim, determinar o melhor tratamento para este paciente, ou seja: tratamento médico, angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdiaca.
Portanto a Angiotomografia não substitui a Cinecoronariografia (cateterismo), mas proporciona uma forma não-invasiva de avaliação das coronárias, causando menos desconforto  e riscos para o paciente.


A Angiotomografia coronariana tem cobertura obrigatória pelos Convênios de Saúde em Mato Grosso quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:
(realização apenas em aparelho multislice com 64 colunas de detectores ou mais):

1) em paciente sintomático com probabilidade pré-teste intermediaria de doença
aterosclerótica coronariana significativa* (definida como probabilidade pré-teste entre
30% e 60% calculada pelos modelos de Diamond e Forester 1,2 ou da Universidade de
Duke 2,3) e como alternativa ao método provocativo de pesquisa de isquemia;

2) em paciente sintomático, com probabilidade intermediaria de doença
aterosclerótica coronariana significativa* (definida como probabilidade pré-testes
entre 30% e 60% calculada pelo modelo de Diamond e Forester 1,2 ou da Universidade
de Duke 2,3) e com resultado de método provocativo de isquemia inconclusivo ou
conflitante;

3) em paciente com suspeita de coronarias anomalas.
A probabilidade pré-teste intermediaria de doença aterosclerótica coronariana significativa (ler neste blog link para calculo de risco cardiaco) deve ser calculada pelo seu cardiologista e conforme a tabela do link abaixo:

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dia Mundial do Diabetes - 14 de novembro

Diabetes e doença coronariana

       Cerca de 10% das pessoas com mais de 20 anos têm diabetes mellitus (DM). E, à medida que as pessoas envelhecem, elas têm mais chance de desenvolver diabetes. De fato, praticamente 21% das pessoas com mais de 60 anos têm diabetes. A diabetes é tão séria que foi considerada um risco equivalente ao da doença coronariana pelo NCEP (National Cholesterol Education Program - Programa de Educação Nacional sobre o Colesterol). Isso significa que o risco absoluto da diabetes é semelhante ao da doença coronariana.

A diabetes é considerada um risco equivalente ao da doença  coronariana porque:
  • em alguns estudos, descobriu-se que as pessoas de mais idade com diabtes tipo 2 tinham um risco semelhante ao de adultos com doença coronariana existente;
  • a probabilidade dos diabéticos tipo 2 morrerem de infarto é maior do que a das pessoas que não têm diabetes;
  • as pessoas com diabetes tipo 2 que desenvolvem subseqüentemente a doença coronariana apresentam índices de sobrevivência mais baixos do que aquelas que desenvolvem a doença, mas que não têm diabetes.
      A diabetes ocorre quando o corpo não produz ou não utiliza a insulina como deveria. A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que controla o nível de glicose, ou açúcar, no sangue. As células precisam da glicose para obterem energia. Os médicos utilizam o FPG (Fasting Plasma Glucose Test - Teste em jejum de glicose no plasma) ou o OGTT (Oral Glucose Tolerance Test - Teste oral de tolerância à glicose) para determinarem um diagnóstico da diabetes. Usando o FPG, um nível de glicose no sangue, em jejum, entre 100 e 125 mg/dia indica pré-diabetes, e um nível superior a 125 mg/dia indica diabetes.

     A cada nível de colesterol LDL, a pessoa com diabetes possui um alto risco surpreendente em comparação com uma pessoa que não tem diabetes. Os diabéticos tendem a ter partículas de colesterol LDL mais densas e menores e/ou um nível elevado delas. Se o nível de triglicerídeos for superior a 200 mg/dia, é provável que haja um nível elevado de apolipoproteína B (apo B), que aumenta o risco de doença coronariana.

      Uma das melhores maneiras de reduzir a probabilidade de desenvolvimento da diabetes, primeiramente, é praticar regularmente atividade física. Isso é especialmente importante se você tiver um histórico familiar de diabetes. Se você, hoje, não é uma pessoa ativa, fale com seu médico para começar um programa de exercícios.

      Se já tiver diabetes, o exercício pode realmente diminuir a necessidade de insulina. Entretanto, os níveis de glicose no sangue ainda devem ser monitorados, de modo que as dosagens de insulina e os padrões de refeições possam ser ajustados para evitar oscilações extremas na glicose causadas pelo exercício. Além de melhorar a eficácia da insulina, o exercício também pode proporcionar perda de peso, que pode baixar o nível de triglicerídeos, colesterol LDL e pressão arterial. Fazer uma dieta saudável - cortar alimentos e bebidas adoçadas com açúcar e substituir os carboidratos refinados por produtos de grãos integrais - contribui para esse benefício.

       O tratamento da diabetes requer tratamento simultâneo do nível anormal de lipídeos no sangue. Para diminuir o colesterol, devem ser prescritas estatinas que baixem os níveis em pelo menos 30%. O NCEP recomenda que as pessoas com diabetes reduzam seu colesterol LDL para menos de 100 mg/dia, se não tiverem doença coronariana, e para menos de 70 mg/dia, se apresentarem a doença. Os medicamentos derivados do ácido fíbrico podem ajudar a baixar o nível de triglicerídeos, e a metformina e as glitazonas melhoram a sensibilidade à insulina. Finalmente, a pioglitazona pode melhorar os níveis de colesterol HDL e triglicerídeos.


INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA NO DIABÉTICO (ICP)

Ao analisarmos as questões relevantes em relação à ICP no paciente com DM, uma abordagem pragmática e com potencial aplicação para o clínico deve responder três perguntas:
1. Quais as diferenças entre os pacientes com e sem DM?
2. Quais as indicações de realização de ICP nos pacientes com DM?
3. Qual a ICP "ideal" no paciente com DM?

Características e evolução clínica de pacientes com DM submetidos à ICP
      Os pacientes com DM submetidos à ICP apresentam risco aumentado de complicações e de reestenose, sendo que a presença de diabetes é um dos principais preditores de ambas as situações. Por isso, a necessidade crescente de uso de stents farmacológicos que diminuem a reestenose principalmente neste grupo com diabetes.

Indicações de ICP em pacientes com DM
      As indicações de ICP no paciente com diabetes são baseadas no mesmo racional aplicado para pacientes sem diabetes, que seria de proporcionar diminuição do risco de eventos cardíacos maiores (ECVM) ou melhora da qualidade de vida quando comparado aos tratamentos alternativos, seja clínico ou cirúrgico.
      Em pacientes assintomáticos ou com angina estável (dor precordial aos esforços), a ICP é uma indicação razoável naqueles com 1 ou mais lesões em 1 ou 2 coronárias, quando avaliada com alto índice de sucesso e baixo índice de complicações, sendo que o vaso tratado deve suprir uma grande área de miocárdio e com isquemia moderada à severa (classe II A, nível de evidência B). Esta indicação reflete a preferência pela ICP em pacientes com doença arterial coronariana de 1 ou 2 vasos, mas também demonstra que sua realização não é obrigatória para todos os pacientes com estas características.
     Em pacientes assintomáticos ou com angina estável, a efetividade da ICP em pacientes com lesões de 2 ou 3 vasos que têm comprometimento da DA proximal e que são potenciais candidatos para cirurgia e que têm diabetes tratado ou disfunção ventricular esquerda não é bem estabelecida (classe II B, nível de evidência B). Esta recomendação reflete a preferência pela indicação cirúrgica na maioria dos pacientes com doença arterial coronariana extensa, já que nos estudos randomizados a cirurgia diminuiu significativamente a incidência de ECVM.

Intervenção coronariana percutânea ideal nos pacientes com DM
      A introdução dos stents farmacológicos foi um importante avanço da cardiologia intervencionista na última década, sendo que o seu benefício clínico é particularmente pronunciado nos pacientes com alto risco de reestenose, como pacientes com DM e aqueles com lesões longas ou em vasos finos.
      Assim, se considerarmos as evidências disponíveis até o momento, e o fato de que a maioria dos pacientes com diabetes candidatos à revascularização percutânea apresentam aterosclerose difusa, com lesões longas e vasos de menor calibre, podemos concluir que os stents farmacológicos estão indicados em uma grande parcela dos procedimentos realizados nestes indivíduos. As prováveis exceções são aquelas com risco muito baixo de reestenose (vasos calibrosos e lesões curtas) ou risco alto de trombose tardia (indicações off-label ou impossibilidade do uso de tienopirídinicos a longo prazo).
      Clopidogrel e aspirina devem ser empregados em todos os pacientes submetidos à ICP, iniciando a administração pelo menos seis horas antes da intervenção.
O controle glicêmico e a escolha da droga anti-hiperglicêmica ideal antes da ICP também têm sido ressaltados como fatores importantes na diminuição do risco de eventos cardiovasculares em pacientes com DM.
       Além das intervenções citadas, outras drogas representativas do tratamento clínico atual da doença aterosclerótica coronariana nos pacientes com DM também desempenham um papel importante no período peri-ICP, como as estatinas, beta-bloqueadores e inibidores da enzima conversora da angiotensina. Um outro cuidado importante é o uso de hidratação parenteral antes e após o procedimento, o que se associa com diminuição do risco de insuficiência renal aguda, complicação mais freqüente no paciente com DM.
       

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Risco Cirúrgico

Avaliação cardiovascular em pré-operatório de cirurgia não cardíaca

      Quando estamos diante de um paciente e é solicitado ao cardiologista  avaliação do risco cirúrgico para cirurgia não-cardíaca. Inicialmente o médico deve avaliar os fatores de risco do paciente e seus sintomas e o tipo de cirurgia (grande porte=cardíacas, vasculares como aneurisma de aorta, neurocirurgias, abdominais como cancer no pancreas, ortopédica como protese de joelho, transplante de orgãos). Baseado nisto, o médico deve indicar os exames complementar necessários como eletrocardiograma, teste ergométrico, cintilografia, cinecoronariografia. Após, devemos utilizar as tabelas conforme os trabalhos de Goldman modificado por Detsky e analisar se o paciente é de baixo risco, médio risco ou alto risco para a cirurgia proposta. Cada um dos níveis de risco equivale a dizer que o paciente terá uma chance ainda que pequena ou alta de acontecer um infarto agudo do miocardio, morte ou parada cardíaca não-fatal pré procedimento ou pós procedimento.

      A estimativa do baixo risco cirúrgico não implica em dizer que o paciente estará isento do risco de eventos cardíacos no pré ou pós operatório (pergunta comum entre os pacientes!), mas sim dizer que eles são pequenos. Devemos lembrar também que além da parte cardiológica, existem fatores endocrinológicos (para os diabéticos) e sugiro que procure este profissional, cirurgicos, tempo do procedimento (principalmente se ocorrer alguma complicação perioperatória), nutricionais e cada caso é um caso... que podem comprometer a avaliação do risco cirúrgico.

      Os pacientes de risco moderado a alto poderão se beneficiar de medidas para reduzir a probabilidade de eventos cardiovasculares no pré e pós-operatório, que vão desde modificações da técnica cirúrgica, uso de beta-bloqueadores, clonidina e estatinas e até o cancelamento da operação.

      Os eventos cardíacos pré e pós-operatórios são a maior causa de morbidade e mortalidade em cirurgias eletivas não cardíacas. Na consulta pré-operatória, três elementos devem ser avaliados: variáveis clínicas, a cirurgia em si, e a capacidade funcional.

     Na avaliação pré-operatória, o objetivo principal consiste em identificar:


  • pacientes sob maior risco para a cirurgia visando propor medidas que reduzam os eventos pré e pós-operatórios.
  • pacientes nos quais as modificações de fatores de risco, e possíveis intervenções nestes, possam alterar seu prognóstico a longo prazo.
  •       Há determinados preditores clínicos que, quando presentes, conferem ao paciente um pior prognóstico. Os pacientes com doença instável (Quad.1) têm risco muito elevado e a conduta é tratá-los, independente da indicação de cirurgia não cardíaca. Outros fatores relevantes são idade avançada, diabetes melito, IAM ou AVC prévio, sinais de ICC no exame físico e insuficiência renal (Quad. 2 e 3).









    EXAMES DE AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR

    1. Eletrocardiograma (ECG): solicita-se em todos pacientes com mais de 40 anos de idade, ou, independente da idade, se houver sintomas/sinais ou histórico de doença cardiovascular. Também é aceito para pacientes considerados de alto risco em virtude dos fatores de risco, em especial diabetes melito.

    2. Teste Ergométrico: tem baixo custo e não é invasivo. Obviamente, tem limitações em pacientes com alterações no ECG basal, naqueles que não podem se exercitar em função de co-morbidades, como doença ortopédica e vascular, além da possibilidade de falso positivo, especialmente em mulheres. A grande vantagem é que, com o exercício, estima-se diretamente a capacidade funcional.

    3. Cintilografia miocárdica com estresse farmacológico: é um exame de grande sensibilidade e moderada especificidade para o diagnóstico de doença coronária. Ao contrário do teste ergométrico, pode ser feita mesmo em pacientes que não podem se exercitar ou com alterações no ECG basal. Suas limitações são mulheres com mama grande e obesos, pela atenuação das imagens, além de pacientes com bloqueio do ramo esquerdo (BRE), pelo movimento paradoxal do septo. O fármaco pode ser o dipiridamol, contra-indicado em pacientes com broncoespasmo, ou a dobutamina. A outra opção equivalente é a cintilografia com teste ergométrico.

    4. Ecocardiograma de estresse: utiliza as mesmas drogas da cintilografia, mas o uso de dobutamina é mais comum. Tem indicações semelhantes, e a principal limitação é a janela ecocardiográfica. É examinador-dependente, com menor sensibilidade e maior especificidade que a cintilografia.

    5. Coronariografia: é o padrão-ouro para doença coronariana, mas não mede a capacidade funcional nem a repercussão das obstruções na perfusão miocárdica. Além disso, é invasivo e usa contraste que pode ser nefrotóxico. As indicações são as mesmas para as situações que não envolvam cirurgia. As duas principais são: angina apesar do tratamento clínico e/ou exame funcional com critérios de alto risco.
    Outras curiosidades:

  • Cirurgia de Emergência: não há como ser interrompida. Comunicar-se com o anestesista para passar os dados do caso. Em pacientes de médio ou alto risco, solicitar pós-operatório em unidade fechada por 24 a 48h e monitorar o ECG e as enzimas cardíacas. Antes de ir para sala de cirurgia, avaliar ECG basal (para comparação), hematócrito, coagulograma, função renal e eletrólitos. Nos pacientes com 2 ou mais pontos no IRCM, administrar beta-bloqueador pré e pós-operatório.
  • Pacientes instáveis (Tab.1): devem ser tratados conforme a doença de base, e adiar a cirurgia para quando estabilizarem. Para os demais, avaliar o risco clínico, pela tabela de Goldman modificado (também chamado de Detsky), e recomendado pela ACP e SBC , ou pelo IRCM, utilizado no trabalho de Boersma (Fig. 1, 2 e 3).



  • Figura 1. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia.


    Figura 2. Recomendações de Auerbach e Goldman.


    Figura 3. Abordagem dos pacientes conforme o trabalho de Boersma.



  • Baixo risco (IRCM zero ou ACP classe I com zero ou um ponto): encaminhados para a cirurgia.
  • Médio risco (IRCM um ou dois pontos ou ACP classe I com dois ou mais pontos): se coronariopata ou vasculopata e com baixa capacidade funcional (Auerbach e Goldman) ou se cirurgia vascular (SBC), pedir teste funcional e indicar coronariografia caso este venha com critérios de alto risco. Todos deverão usar beta-bloqueador e estatina.
  • Alto risco (IRCM três ou mais pontos ou ACP classe II e III): realizar teste funcional e indicar coronariografia caso este venha com critérios de alto risco. Todos deverão usar betabloqueador e estatina. Considerar cancelamento ou modificação do plano cirúrgico conforme o caso.



  • quinta-feira, 1 de novembro de 2012

    Entenda o Risco Cardiovascular – Classificação



    A intensidade das intervenções preventivas deve ser determinada pelo grau de risco cardiovascular estimado para cada indivíduo e não pelo valor de um determinado fator. Em termos práticos, costuma-se classificar os indivíduos em três níveis de risco – baixo, moderado e alto – para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares maiores. Os eventos tradicionalmente computados incluem morte por causa vascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
    A Estratificação de Risco baseia-se na classificação inicial levando-se em conta o exame clínico e avança para a indicação de exames complementares quando o exame clínico apontar que o grau de risco sugere risco moderado a alto (Figura 1).
    A classificação de risco pode ser repetida a cada 3 a 5 anos ou sempre que eventos clínicos apontarem a necessidade de reavaliação.

    ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

    Avaliação Clínica

    Conforme demonstrado no Quadro 2, a classificação inicial baseia-se em dados clínicos como idade e sexo, história clínica (principalmente, em relação a manifestações vasculares, sintomas de diabetes), pressão arterial, circunferência abdominal, peso e altura (índice de massa corporal), e um exame clínico focalizado em manifestações de aterosclerose.
    Indivíduos mais jovens (homens com menos de 45 anos e mulheres com menos de 55 anos), sem manifestação de doença ou sintomas e sem nenhum dos fatores intermediários descritos no Quadro 2 são caracterizados como sendo de BAIXO RISCO (Figura 1). Estes indivíduos não se beneficiam de exames complementares, entretanto, devem ser encorajados a manterem um perfil de vida saudável.
    Homens com idade superior a 45 anos e mulheres com mais de 55 anos requerem exames laboratoriais para estimar mais precisamente o risco cardiovascular. Indivíduos mais jovens que já apresentam um ou mais fatores de risco devem passar para a avaliação clínico-laboratorial subseqüente. Pacientes identificados nessa avaliação clínica como de alto risco também devem ser avaliados do ponto de vista laboratorial para orientação terapêutica, embora já sejam candidatos a intervenções de alta intensidade ou mais agressivas, conforme descrito adiante.

    Quadro 2. Avaliação clínica: Achados no exame clínico indicativos de alto risco ou da necessidade de exames laboratoriais
    Indicadores de alto risco
    Infarto do miocárdio prévio
    Acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório prévio
    Doença aneurismática de aorta
    Doença vascular periférica
    Insuficiência cardíaca congestiva de etiologia isquêmica
    Angina de peito
    Doença renal crônica
    Indicadores intermediários de risco
    Idade > 45 anos homens, > 55 anos mulheres
    Manifestações de aterosclerose:
           Sopros arteriais carotídeos
           Diminuição ou ausência de pulsos periféricos
    História familiar de infarto agudo do miocárdio, morte súbita ou acidente vascular cerebral em familiares de 1º grau ocorrido antes dos 50 anos
    Diagnóstico prévio de diabete melito, tolerância à glicose diminuída, glicemia de jejum alterada, diabete gestacional.
    Diagnóstico prévio de dislipidemia
    Diagnóstico prévio de síndrome do ovário policístico
    Tabagismo
    Obesidade (IMC > 30 kg/m2) ou obesidade central (cintura medida na crista ilíaca: > 88 cm em mulheres; > 102 cm em homens)
    Hipertensão (> 140/90 mmHg) ou história de pré-eclâmpsia
    Historia de doença renal na família (para risco de insuficiência renal)

    Figura 1. Fluxograma de classificação de risco cardiovascular.

    Clique na imagem para ampliar

    AVALIAÇÃO CLÍNICO-LABORATORIAL

    O risco cardiovascular de pacientes com os fatores clínicos no grupo intermediário é bastante heterogêneo. Para estimar mais precisamente esse risco pode-se usar escores de predição. Infelizmente, até o momento nenhum dos instrumentos disponíveis para a estratificação de risco foi desenvolvido ou adaptado para o contexto brasileiro. Embora não exista consenso no escore a ser utilizado para estimativa de risco global, recomenda-se aplicar o modelo de Framingham, utilizado no Manual de Capacitação dos Profissionais de Saúde da Rede Básica, revisto em 2005.
    A partir deste instrumento, os indivíduos são classificados em risco de desenvolver um evento cardiovascular maior (ECV), definido por infarto do miocárdio ou morte por causa cardiovascular, conforme Quadro 3.

    Quadro 3. Classificação de risco global, segundo Escore de Framingham.
    Categoria
    Evento cardiovascular maior (ECV)
    Baixo
    <10%/ 10 anos
    Moderado
    10 a 20%/ 10 anos
    Alto
    >20%/ 10 anos

    Essa determinação de risco exige a obtenção de pelo menos 2 exames complementares: glicemia de jejum e colesterol total. A determinação do perfil lipídico completo, com dosagem de triglicerídeos, HDL-C e estimativa de LDL-C[1] torna a predição um pouco mais precisa para a maioria dos pacientes. Havendo disponibilidade desses exames, em pacientes com fatores que sugerem risco mais elevado é recomendado o perfil completo, embora o risco possa ser estimado de modo adequado sem estes dados.
    Para pacientes com HAS ou DM, solicita-se ainda creatinina, exame de urina tipo I e eletrocardiograma (ver Manual de Hipertensão Arterial e Diabete Melito para SUS). Naqueles com diabete ainda deve ser solicitado teste Hemoglobina glicada (A1c) e microalbuminúria, se ausência de proteinúria no exame de urina. A presença de qualquer uma das condições abaixo também indica alto risco:

         nefropatia (proteinúria > 300 mg/dia ou 200 mg proteína/g Cr urinária ou Cr > 1,5 mg/dl para homens e 1,3 mg/dl para mulheres OU albuminúria > 30 mg/24 horas ou 30 mg/gr Cr urinária)
         hipertrofia de ventrículo esquerdo ao eletrocardiograma ou ecocardiograma

    Em pacientes com glicemia de jejum > 100 mg/dL e < 126 mg/dL, com risco calculado pelo escore de Framingham moderado (entre 10 e 20% em 10 anos), recomenda-se rastreamento de diabete por teste de tolerância à glicose (TTG 75 gr). Nestes casos, a identificação de DM muda a classificação para grupo de alto risco. É importante ressaltar que embora a maioria dos pacientes com diabete se enquadre na categoria de alto risco, nem todos são assim classificados. A avaliação e manejo destes casos está detalhada nos Manuais específicos.

    ESCORES DE RISCO GLOBAL

    As principais variáveis relacionadas com risco são: pressão arterial sistólica, tabagismo, colesterol total, HDL-C, LDL-C, intolerância a glicose, índice de massa corporal e idade. Na sua maioria ou em combinação elas são incorporadas em escores preditivos globais, como o Escore de Risco de Framingham.
    O cálculo do Escore de Framingham está descrito nas Figuras 2 e 3 para homens e mulheres, respectivamente. Inicialmente são coletadas informações sobre idade, LDL-C, HDLC, pressão arterial, diabete e tabagismo [ETAPA 1]. A partir da soma dos pontos de cada fator [ETAPA 2] é estimado o risco cardiovascular em 10 anos [ETAPA 3].

    Figura 2. Escore de Framingham Revisado para Homens

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    Figura 3. Escore de Framingham Revisado para Mulheres

    Clique na imagem para ampliar
     

    SOBRE OS DIREITOS AUTORAIS DO DOCUMENTO

    Consta no documento:
    “É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.”
    O objetivo do site MedicinaNet e seus editores é divulgar este importante documento. Esta reprodução permanecerá aberta para não assinantes indefinidamente.
     Reproduzido de:
    PREVENÇÃO CLÍNICA DE DOENÇA CARDIOVASCULAR, CEREBROVASCULAR E RENAL CRÔNICA – Cadernos de Atenção Básica n.º 14 [Link Livre para o Documento Original]
    MINISTÉRIO DA SAÚDE
    Secretaria de Atenção à Saúde
    Departamento de Atenção Básica
    Série A. Normas e Manuais Técnicos
    BRASÍLIA / DF – 2006


    [1] Fórmula de Friedwald para estimativa de LDL-colesterol [válida para níveis de triglicerídeos < 400 mg/dL] LDL = colesterol total - (HDL + triglicerídeos/5).

    quarta-feira, 24 de outubro de 2012

    Pare! Mude a sua vida! - Para Juju

              Inicialmente gostaria de pedir a gentileza de ao iniciar a leitura por favor termine, senão apenas leia esta frase.
              Antigamente, a definição mais utilizada para saúde era "ausência de doenças". Porém, hoje não é bem assim: a nova definição é o estado de completo bem-estar físico, mental e social.
              A saúde pode ser cuidada, dependendo da auto-estima e da vontade de viver bem, durante muitos e muitos anos. Para obter saúde plena temos de nos adaptar, criar novos estilos de vida e principalmente aprender a administrar o tempo, as pressões do dia-a-dia e nossas relações humanas. Quanto ao corpo, da mesma forma que nos preocupamos com a aposentadoria financeira, precisamos também realizar a previdência da atividade física.
               Reserve um tempo para VOCÊ! Pense, reflita que seja por 05 minutos apenas! De Bom Dia para quem cruzar ou esbarrar em você. Tente entender as pessoas ao seu redor, todos temos problemas. Todos encaramos de forma diferente nossos problemas. Pare de criticar o outro, olhe para dentro de si! Atualize sua mente, seus valores, seus pensamentos...Ao encontrar um desafio, não desista! Levante a cabeça. Faça o que seu médico lhe pediu. Cuide da sua saúde, caminhe pelo menos 30 minutos aos dia! Diminua os refrigerantes e os alimentos não saudáveis. Tome regularmente seus remédios. Se VOCÊ é visual, trabalhe seu lado cinestésico. Organize sua vida! Viva! Se sentir vontade de chorar, chore. Pense no presente, talvez no futuro você não se arrependa daquele abraço em quem te ama ou de ter feito o seu melhor!
    Por isso, para terminar leia a letra "Epitáfio" do grupo Titâs e reflita em cada frase!
              
    Devia ter amado mais
    Ter chorado mais
    Ter visto o sol nascer
    Devia ter arriscado mais
    E até errado mais
    Ter feito o que eu queria fazer...

    Queria ter aceitado
    As pessoas como elas são
    Cada um sabe a alegria
    E a dor que traz no coração...

    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído
    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar...

    Devia ter complicado menos
    Trabalhado menos
    Ter visto o sol se pôr
    Devia ter me importado menos
    Com problemas pequenos
    Ter morrido de amor...

    Queria ter aceitado
    A vida como ela é
    A cada um cabe alegrias
    E a tristeza que vier...

    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar distraído
    O acaso vai me proteger
    Enquanto eu andar...(2x)

    Devia ter complicado menos
    Trabalhado menos
    Ter visto o sol se pôr...


    1,2,3,4 Você!

    sexta-feira, 19 de outubro de 2012

    Dia do médico - 18 de outubro

    ORAÇÃO DO MÉDICO

    Ó Mestre, eu Te agradeço porque me entregaste a missão de exercer a medicina, restituir a alegria de viver às pessoas que me são confiadas a qualquer hora, momento e lugar.
    Ofereço-Te a minha vocação de servir a sociedade como instrumento de Tua providência.
    Grandes são os avanços da ciência, mas também são inúmeros os desafios à limitação huma
    na que exige de mim seriedade, equilíbrio, sabedoria e fidelidade ao juramento que fiz.
    Ó Deus da vida! Ilumina-me e faça de mim um mensageiro de misericórdia e esperança.
    Que no final de cada jornada eu possa celebrar o renascer da vida fruto do trabalho e entregar-Te às situações da minha limitação quando não tiver êxito.
    Senhor, que vieste trazer vida e vida em abundância, tornar-me um instrumento de tua misericórdia. Amém.

    sexta-feira, 12 de outubro de 2012

    Calcule o seu risco cardiovascular


                    Infelizmente não podemos prever com exatidão quem vai e quem não vai ter um ataque cardíaco, muito menos quando. Mas podemos falar de chances.
                   Didaticamente classifica-se o risco cardiovascular em baixo (chance de ter um problema sério <10% no próximos 10 anos), médio (10-20% em 10 anos) e alto (>20% em 10 anos).
                    A grande maioria dos adultos com diabetes mellitus e aqueles que têm ou já tiveram manifestações de obstruções dos vasos sanguíneos (como angina de peito, infarto do miocárdio, obstrução das artérias carótidas, derrame cerebral do tipo isquêmico) são considerados indivíduos de alto risco.
                     Se este não for o seu caso, utiliza-se um dos vários escores de risco, desenvolvidos a partir de grandes estudos e que levam em consideração uma série de fatores relacionados com o risco de desenvolver problemas cardíacos, os chamados fatores de risco, como idade, sexo, pressão arterial, nível de colesterol no sangue, hábito de fumar, escore de cálcio, indice tornozelo braquial, espessamento intimal das carótidas e predisposição familiar. Muitos destes escores disponibilizam ferramentas online para o cálculo do risco (ver abaixo).
                    A avaliação de risco cardiovascular ajuda o médico a definir a estratégia de prevenção e tratamento. Por exemplo, preconiza-se abaixar mais o nível de colesterol no sangue quando o risco é alto. Isto porque diversos estudos mostram que esta estratégia diminui o risco de um problema sério, como ataque cardíaco ou morte.
                     Além disso, a determinação do risco cardiovascular pode ajudar o paciente a se conscientizar e aderir a medidas de prevenção, como modificações de estilo de vida e eventualmente uso de medicamentos.
    Mas algumas observações importantes merecem ser destacadas:
    1. Estes escores são derivados de populações de outros países e não foram devidamente validados na nossa população.
    2. Se você calcular um risco alto, não entre em pânico: certamente você pode diminuir este risco com modificações de estilo de vida e/ou medicamentos.
    3. Se você calcular um risco baixo ou médio, isto não quer dizer que você está livre de um ataque cardíaco. Risco baixo não é igual a risco zero, muito menos o risco médio.
    4. Estes escores estão muito, mas muito longe da perfeição. A maioria dos infartos do miocárdio ocorre em pessoas que tinham risco médio, e não alto.
    5. Em algumas situações o escore pode subestimar o risco, ou seja, pode erroneamente dizer que o risco é médio ou baixo quando na verdade é alto. Isto ocorre particularmente nas mulheres.
    6. Estes escores geralmente calculam o risco em 10 anos. Um risco baixo ou médio em 10 anos em um indivíduo jovem ou de meia-idade pode não dizer muita coisa. Em outras palavras, indivíduos relativamente jovens com fatores de risco podem ter o risco em 10 anos baixo ou médio, mas o risco a longo prazo (mais que 10 anos) pode ser alto. Estes indivíduos não devem relaxar no controle dos fatores de risco.

    Veja abaixo alguns dos escores de risco: SITES EM INGLÊS

    sábado, 29 de setembro de 2012

    Entenda o procedimento de cateterismo coronariano e angioplastia (parte 2)



    Descrição do procedimento
    Um cateter é inserido através de uma punção na virilha ou no punho. Antes da punção, a área é higienizada e quaisquer pelos são raspados, para reduzir o risco de infecção. A anestesia utilizada no procedimento é local, pois é importante que o paciente possa seguir instruções e descrever sensações.
    Um fio-guia é então inserido na artéria e guiado até a área a ser tratada. O movimento do fio-guia não é percebido pelo paciente, uma vez que as artérias não contêm terminações nervosas. Com o fio-guia posicionado na lesão, o cateter de angioplastia com um balão desinflado na ponta é inserido e levado até a área comprometida com estreitamento significativo ou obstrução. Ali, o balão é inflado e desinflado totalmente por alguns minutos, a fim de romper a placa de aterosclerose, pressionando-a contra as paredes da artéria e, assim, desobstruir a passagem de sangue.

    Quando o balão está totalmente inflado, o fluxo sanguíneo para momentaneamente, podendo causar dor ao paciente. A dor desaparece assim que o balão é desinflado e o fluxo volta ao normal, mas qualquer sintoma deve ser informado imediatamente ao cardiologista intervencionista. Áreas tratadas por angioplastia podem voltar a apresentar obstruções, seja logo após o procedimento, seja após vários meses ou anos. A recorrência de estreitamento na artéria tratada é chamada de reestenose, e a de obstrução completa é chamada de reoclusão.



    Para evitar a reestenose e manter o resultado da angioplastia o cardiologista intervencionista utiliza um stent para manter a artéria aberta e prevenir a recidiva da lesão. Esse procedimento é feito através de outro cateter, cuja ponta contém um stent fechado envolvendo um balão desinflado. Quando o stent acoplado ao cateter é posicionado no local da artéria a ser tratada, o cardiologista intervencionista infla o balão e, consequentemente, expande o stent. Em seguida, o balão é desinflado e removido junto com o cateter. Esse tipo de stent é denominado expansível por balão. Existe um outro tipo, denominado stent auto-expansível, que também fica acoplado à ponta de um cateter sem balão; ao ser posicionado no local da lesão, o stent é liberado (desencapado do cateter) e se auto-expande. Previamente ou logo após sua liberação, pode ser realizada uma angioplastia com balão. Em geral, os stents se mantêm bem posicionados, mantendo a artéria aberta; no entanto, algumas vezes tecidos de cicatrização se desenvolvem em torno dos stents, podendo causar reestenose.

    Existem vários tipos de stents e balões para angioplastia, que podem ser utilizados em diversas situações diferentes. O cardiologista intervencionista é o profissional que trata as doenças das atérias coronarianas do coração e conhece suas peculiaridades. A escolha correta do tipo de material (cateteres, balões, stent, etc.) é fundamental para o sucesso do tratamento.


    Após o término do procedimento, todos os cateteres são removidos. Pacientes que utilizaram medicamentos anticoagulantes normalmente permanecem com um introdutor (pequeno cateter) no local da punção por um breve período de tempo, até que os medicamentos percam o efeito, para permitir que o ferimento cicatrize. No momento da retirada do introdutor, o enfermeiro pressiona a região da punção por 15 a 30 minutos, para evitar sangramento, ou então fecha a área com curativo.

    A angioplastia e a colocação de um stent pode levar de 45 minutos até 3 horas ou mais, dependendo das características de cada caso.




     

    Exemplo de implante de 01 stent coronariano para coronária descendente anterior

    Pós-operatório

    Normalmente, o paciente precisa ficar hospitalizado por 6 a 24 horas após a realização da angioplastia, a fim de monitorar a ocorrência de complicações. A região da punção deve ficar imobilizada por várias horas, para evitar sangramentos. Além disso, quaisquer sintomas, como dores, febre, falta de ar, coloração azulada ou sensação de frio em um braço ou perna, ou reações na área da punção, devem ser informados ao médico imediatamente.

    Ao receber alta, o paciente deverá seguir algumas instruções, como por exemplo, não levantar peso nos primeiros dias de pós-operatório, ou tomar bastante água para eliminar a solução de contraste utilizada no procedimento. O médico também poderá prescrever medicamentos anticoagulantes, como aspirina e clopidogrel, e recomendar um programa leve de exercícios (caminhadas, por exemplo).

    Complicações

    Complicações graves associadas à angioplastia são raras, mas podem ocorrer, como por exemplo, reações ao agente de contraste, formação de coágulo na artéria tratada, rompimento de um vaso sanguíneo, formação de hematoma, problemas renais e dissecção (dano à parede arterial). Complicações menos graves incluem enfraquecimento da parede da artéria e sangramento ou ferimento no local da punção. Algumas vezes, novas obstruções se formam em outros pontos da artéria, causadas pelas partículas de placa que se desprendem e viajam pelo sistema sanguíneo. Esta situação é denominada de embolia e pode voltar a prejudicar o fluxo sanguíneo.

    Pacientes com diabetes ou problemas renais têm mais risco de desenvolver reação ao agente de contraste (por exemplo, insuficiência renal). Medicamentos administrados antes do procedimento podem diminuir o impacto desse tipo de complicação.

    Pacientes com problemas de coagulação também estão sob maior risco de complicações, uma vez que, nesses casos, os depósitos de placa mais longos aumentam as chances de obstruir a artéria novamente.

    Entenda o procedimento de cateterismo coronariano e angioplastia (parte 1)

    A angioplastia é um procedimento terapêutico minimamente invasivo. Um pequeno balão, integrado a um cateter, é guiado até a artéria comprometida e inflado e desinflado para comprimir a placa de aterosclerose contra a parede arterial, desobstruindo o vaso. Em alguns casos, um pequeno tubo feito de uma malha de metal (stent) é posicionado na artéria para mantê-la aberta e, assim, garantir um fluxo desobstruído. O procedimento normalmente é realizado sob anestesia local, mediante uma punção na virilha ou no braço (eventualmente, pode ser realizada uma pequena incisão na pele). Por esta punção, o cardiologista intervencionista insere um cateter na circulação, que é guiado até a área a ser tratada com o auxílio de imagens de raio X. O balão usado na angioplastia fica localizado na ponta do cateter.

    A condição mais comumente tratada pela angioplastia é a doença arterial obstrutiva coronáriana (DAC), que consiste no endurecimento e estreitamento das artérias coronarianas que levam sangue ao  coração. O tratamento das artérias coronarianas do coroção pode ser realizado através da angioplastia. As indicações mais comuns são para pacientes com estreitamento moderado ou grave em um ou mais vasos sanguíneos (coronárias), normalmente com sintomas de doença arterial (dor precordial-angina, sudorese, dor no membro superior esquerdo, falta de ar).

    As paredes das artérias normalmente são lisas e elásticas. Com o passar dos anos (envelhecimento), elas sofrem um processo de endurecimento e reação inflamatória crônica (aterosclerose). A placa que se forma na aterosclerose é composta de substâncias como colesterol, cálcio e tecido fibroso, que vão se acumulando nas paredes das artérias. Quanto mais placa se acumula nas artérias, mais endurecidos ficam os vasos e mais prejudicado fica o fluxo sanguíneo, podendo causar dor ou outros danos nos órgãos que ficam privados da circulação.

    Dependendo das características de cada caso, o cardiogista intervencionista poderá sugerir a realização da angioplastia no lugar de uma cirurgia convencional de ponte (bypass), tendo em vista, por exemplo, o fato de a angioplastia ser menos invasiva, dispensar anestesia geral e exigir um tempo menor de hospitalização. Por outro lado, em alguns pacientes com doença difusa com placas de aterosclerose muito extensas a angioplastia pode não ser a melhor opção de tratamento. O cardiologista intervencionista é o especialista indicado para definir o procedimento mais adequado para cada caso.




    Preparação

    Primeiramente, o cardiologista fará uma entrevista detalhada com o paciente, incluindo aspectos como saúde geral (fumo, pressão arterial, etc.), história familiar e sintomas (quando e com que frequência acontecem). Paralelamente a essa entrevista, o médico realiza um exame clínico. Em seguida, alguns exames são realizados para verificar o grau de comprometimento das artérias e ajudar a decidir sobre a melhor modalidade de tratamento:


    • Teste Ergométrico

    • Ecodopplercardiograma Transtorácico

    • Angiotomografia computadorizada de Coronárias
      Cintilografia perfusional Miocardica 


    • Angiorressonância magnética

    Quando esses testes indicam a existência de artérias comprometidas, o cardiologista pode solicitar uma angiografia, exame que utiliza raios X e solução de contraste para produzir imagens dos vasos sanguíneos e também permite tratar algumas condições durante o próprio exame através da técnica da angioplastia (em outros casos, a angioplastia é realizada separadamente).

    Na angiografia, um cateter é inserido em uma artéria da virilha ou do braço, sob anestesia local. Utilizando raios X, o cateter é guiado até o local desejado, e então injeta-se a solução de contraste, que permitirá que as artérias sejam visualizadas nas radiografias. O contraste é eliminado posteriormente através da urina.

    Antes do exame, o médico dá ao paciente instruções específicas conforme o caso, como, por exemplo, a necessidade de suspender ou manter medicamentos e o tipo de jejum ou preparação que o paciente deve fazer (algumas vezes, recomenda-se jejum de sólidos e líquidos de 6 horas; outras vezes, a ingestão de líquidos é incentivada). A prescrição de medicamentos para casos especiais, como pacientes com problemas renais e/ou com alergia ao agente de contraste, a iodo ou frutos do mar, também é feita nessa fase. Finalmente, às vezes o cardiologista solicita exames para verificar função renal e coagulação.

    Angiotomografia de coronárias

    What is ANGIOPLASTY and STENTING?

    Cateterismo Cardiaco 1

    Cateterismo Cardíaco 2

    DOZE CONSELHOS PARA VOCÊ NÃO TER UM INFARTO

    1. Não cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais são prioritárias, sai aos finais de semana para se distrar com quem gosta e lhe dá prazer , fuja de problemas familiares e pessoais que não tem solução, vá espairecer, mesmo que seja só para uma voltinha, faz bem para alma e coração.

    2. Não trabalhe aos sábados o dia inteiro e nunca tr
    abalhe aos domingos.

    3. Não permaneça no escritório à noite e não leve trabalho para casa e/ou trabalhe até tarde.

    4. Ao invés de dizer "sim"a tudo que lhe solicitarem, aprenda a dizer "não".

    5. Não procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e nem aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, etc

    6. Se dê ao luxo de um café da manhã ou de uma refeição tranquila. Não aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes.

    7. Pratique esportes. Faça ginástica, natação, caminhe, pesque, jogue bola ou tênis.

    8. Tire férias sempre, você precisa disso. , não acumule suas férias, Lembre-se que você não é de ferro.

    9. Não centralize todo o trabalho em você, não é preciso controlar e examinar tudo para ver se está dando certo... Aprenda a delegar.

    10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, não tome logo remédios, estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Procure um médico.

    11. Não tome calmantes e sedativos de todos os tipos para dormir. Apesar deles agirem rápido e serem baratos.

    12. E por último, o mais importante: permita-se a ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto não é só para crédulos e tolos sensíveis; faz bem à vida e à saúde. IMPORTANTE:
    OS ATAQUES DE CORAÇÃO
    Uma nota importante sobre os ataques cardíacos.
    Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo. Há também, como sintomas vulgares, assim como náuseas e suores abundantes.
    Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. Mas a dor no peito, pode acordá-lo de um sono profundo.
    Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (192, 193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá. NÃO SE DEITE !!!!